Da “brasilidade” ao “subdesenvolvimento”, razões políticas da arquitetura moderna brasileira: uma reflexão sobre arquitetura moderna e o debate do desenvolvimento no Brasil

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A pesquisa pretende investigar o debate sobre desenvolvimento nacional nas diferentes vertentes da arquitetura moderna brasileira desde a sua origem nos anos vinte até o período de redemocratização na segunda metade da década de 1980. A produção da cidade industrial brasileira ocorreu em grande parte no pós guerra, coincidindo com a afirmação do movimento moderno internacional. No Brasil o Estado Empreendedor correspondeu à formação de uma Vanguarda Dirigente e a saga da industrialização produziu uma diversidade de interpretações das técnicas construtivas e da espacialidade moderna. A diversidade destas manifestações do modernismo brasileiro em arquitetura, configuram, em nossa hipótese, um debate entre sistemas sociais completos em confronto no período. A crise política do ciclo desenvolvimentista deflagrada pelo golpe civil militar que depôs o presidente João Goulart também colocou em xeque o projeto moderno brasileiro. O subdesenvolvimento expressaria, a partir de então, muito mais o caráter nacional do que a originalidade da cultura híbrida. A realidade da expansão urbana periférica e informal substituiria o sonho da civilização brasileira, industrial e autônoma. Dentro deste quadro o projeto pretende abordar o debate do desenvolvimento a partir da saga da produção da arquitetura moderna brasileira e de sua crítica.

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Ana Paula Koury (Pós-Doutorado)