Mestres

Em 1999, iniciou um projeto de arte educação por meio da capoeira junto com seus alunos do Grupo Guerreiros de Senzala, em unidades da antiga FEBEM de São Paulo (atual Fundação Casa), através da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
Atuou também no Centro de Vivência Uirapuru, da Prefeitura de São Paulo, localizado no bairro Jardim João XXIII, durante a gestão cultural da Companhia de Dança Batá Kotô (1999-2000) apresentando a capoeira não só como uma atividade física, mas evidenciando seu alcance artístico e cultural.

Contramestre Pinguim

Conhecido como Contramestre Pinguim, Luiz Antonio Nascimento Cardoso é natural do estado da Bahia, cidade de Salvador, onde teve seus primeiros contatos com diferentes manifestações culturais afro-brasileiras. Em São Paulo, foi aluno de capoeira de Mestre Pato e é formado contramestre de capoeira angola por Mestre Gato Preto, Berimbau de Ouro da Bahia.
É fundador do Grupo de Capoeira Angola de Guerreiros de Senzala e diretor artístico do Núcleo de Artes Afro-Brasileiras, onde conduz as aulas de capoeira angola, dança afro e percussão, dirige espetáculos e apresentações artísticas. Na década de 1990, já em São Paulo, integrou a Cia. de Dança Batá Kotô como bailarino e professor de dança afro.
Em 2002, foi convidado pela Academia de Dança Ballet Stagium, através de sua diretora Márika Gidali, a atuar como arte educador em projetos da Academia, como o Projeto Joaninha e o Projeto Professor Criativo, com aulas de dança afro e capoeira angola para alunos e professores da rede pública de ensino.
Em 2012 recebeu o VII Prêmio África-Brasil do Centro Cultural Africano e em 2013 dirigiu o espetáculo Cacimba de Aruanda. Uma narrativa do Recôncavo.
Em 2017 foi homenageado por docentes e pesquisadores do NAPEDRA, Núcleo de Antropologia da Performance, do Departamento de Antropologia da USP, recebendo o título de Mestre do Saber.

Mestre Gato Preto

“Conhecido por Mestre Gato, tenho 70 anos, nasci em Santo Amaro da Purificação e fiz capoeira com meu pai, que foi um dos meus primeiros mestres, Eutique Lucio Góes, Catarino, que era meu tio, daí veio Cobrinha Verde, que é Rafael, de Santo Amaro também, que foi meu mestre. E um mestre que não podia deixar de ser homenageado, que é Mestre Leó. Foi numa cidadezinha, que hoje é cidade, mas na época era arraiá, nome São Braz. Ele morava em São Braz e me ensinou muita coisa da capoeira.” José Gabriel Góes, Mestre Gato Preto
Mestre Gato Preto também foi aluno de Mestre Waldemar da Paixão e contramestre de bateria de Mestre Pastinha. Recebeu o título de Berimbau de Ouro da Bahia no Teatro Castro Alves. Ao lado de Mestre Pastinha, João Grande, Gildo, Roberto Satanás, Camafeu de Oxóssi, Olga de Alaketu e outros, integrou a comissão que representou o Brasil, a convite do Itamaraty, no I Festival de Artes Negras de Dakar, na África, no ano de 1966.
Mestre Gato Preto e Contramestre Pinguim no SESC, década de 1990.
Trabalhou também em São Paulo e na década de 1990, deu aulas de capoeira no SESC Ipiranga, com seu discípulo Pinguim, que futuramente veio a ser formado Contramestre por ele.
Mestre Gato Preto faleceu na Bahia, em 06 de agosto de 2002.