Para Veridiana Parahyba Campos, é preciso que as pessoas com deficiência tenham uma autonomia na internet para descobrir e navegar, sem um intermediário.

A exclusão de pessoas deficientes da internet, pela falta de acessibilidade digital, fere os direitos humanos. Segundo o artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”. Este foi um dos alertas da ONU durante o debate anual sobre os direitos humanos das pessoas com deficiência. “Pessoas com deficiência são excluídas de conversas importantes sobre desenho e a implementação de tecnologias. Isso significa que novos produtos vêm com a mesma e antiga exclusão. Sem abordagens inclusivas, não podemos realmente responder às necessidades das pessoas. E acabamos com desigualdades ainda maiores e vieses não intencionais”, disse em discurso o alto comissário da ONU, Volker Türk.