
Na terceira parte do nosso especial, traremos indicações de livros de poesias escritos por poetas e poetisas consagrados no Brasil e do mundo.

Distraídos venceremos – Leminski, Paulo
Incenso fosse música
“isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além”
Paulo Leminski (1944-1989) foi um poeta e escritor brasileiro nascido em Curitiba, Paraná. Entusiasta da cultura japonesa, trouxe a influência dos haicais em sua própria forma de escrever. Sua poesia composta por trocadilhos, ditados populares, gírias e palavrões é considerada um marco na história da poesia brasileira.
Localização na biblioteca: 869.915 L554d 2.ed.
Cem sonetos de amor – Neruda, Pablo
Soneto LXVI
“Não te quero senão porque te quero
e de querer-te a não querer-te chego
e de esperar-te quando não te espero
passa meu coração do frio ao fogo.
[…]”
Pablo Neruda (1904-1973) foi um poeta-diplomata chileno, suas poesias se caracterizam pelo sentimentalismo e críticas sociopolíticas. Em 1971, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura “pela poesia que, com a ação de uma força elementar, torna vivos o destino e os sonhos de um continente”.
Localização na biblioteca: 861.0983 N454c 2007
Poesias Completas – Meireles, Cecília
Motivo
“Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
[…]”
A poetisa carioca Cecília Meireles (1901-1964) faz parte da segunda geração modernista de poetas brasileiros, sua obra poética é composta por poemas intimistas, melancólicos e centrados em temas como solidão, amor, morte, tempo e eternidade.
Localização na biblioteca: 869.915 M514p v.1
Poemas de Álvaro de Campos – Pessoa, Fernando
Tabacaria
“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
[…]”
Álvaro de Campos, o heterônimo mais famoso de Fernando Pessoa, possui, como todos os outros heterônimos, sua própria biografia criada por Pessoa. De acordo com o autor, o heterônimo de Campos era utilizado quando, apesar do impulso, não sabia exatamente o que escrever. O poeta e crítico Sérgio Alcides, descreve Campos para o grupo Companhia das Letras como sendo “[…] todo contradições: futurista que ironiza o progresso, modernista encharcado de nostalgia, ateu lamentando a fé perdida, cético ansiando por visões que nunca se dão”.
Localização na biblioteca: 869.17 P475pac
Poemas 1913-1956 – Brecht, Bertolt
Se fôssemos infinitos
“Fôssemos infinitos
Tudo mudaria
Como somos finitos
Muito permanece.”
Bertolt Brecht (1898-1956) foi um importante dramaturgo e poeta alemão do século XX, sua poesia muitas vezes irônica e auto biográfica, tem a política e questões sociais como temas centrais.
Localização na biblioteca: 831.91 B829p 6.ed.
Poemas escolhidos – Andresen, Sophia de Mello Breyner
O mar dos meus olhos
“Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes
[…]”
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), grande poetisa portuguesa, foi a primeira mulher a receber o prêmio Camões em 1999. Seus poemas de linguagem intimista abrangem temas como juventude, religiosidade e natureza.
Localização na biblioteca: 869.17 A561p
Obra completa : volume único – Anjos, Augusto dos
A Esperança
“A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
[…]”
O poeta brasileiro Augusto dos Anjos (1884 – 1914) é considerado, apesar de suas raízes no simbolismo e no parnasianismo, o mais importante poeta do pré-modernismo. Sua escrita arrojada causou estranheza na sociedade da época ao retratar temas considerados tabus como a morte e decomposição, prostituição, angústia, entre outros.
Localização na biblioteca: 869.9149 A599o