Implante: Geometria, Tratamento e Manipulação da Superfície alteram a estabilidade primária?
♦ Mariana Lima da Costa Valente – {E-mail] – Currículo Lattes –♦ Andréa Cândido dos Reis – {E-mailUSP] – Currículo Lattes –
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VALENTE, M.L.C. , REIS, A. C.. Implante: Geometria, Tratamento e Manipulação da Superfície alteram a estabilidade primária? Encicl. Bras. Teleodontol., Volume 5 (Série I: página 2, janeiro, 2015. ISSN 2448-1181,
Quando o implante odontológico (Implante Dental) é inserido no Tecido Ósseo a sua superfície é a primeira parte a interagir com os tecidos do organismo. Atualmente existe a necessidade de estudos científicos para avaliarem as influências da geometria do implante, do formato do implante, tratamento de superfície e a manipulação da superfície do implante. Será que estes fatores influência na estabilidade primária e, consequentemente na osseointegração?
A Comunidade Acadêmica estimula as pesquisas objetivando analisar as propriedades funcionais, estéticas e mecânicas dos “Materiais Odontológicos”(OLISCOVICZ et al, 2011; TORNAVOI et al, 2012).
O tratamento de superfície dos implantes interfere na estabilidade primária dos implantes dentários promovendo alterações químicas e mudanças micromorfológicas sobre a superfície estimulando a osseointegração (MAZZO et al, 2012). A superfície de um implante quanto à morfologia pode ser analisada através de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e a caracterização química pode ser obtida através de Espectrometria Dispersiva de Raios X (MAZZO et al, 2012).
A análise realizada com estes ensaios tem o objetivo de realizar comparações entre a morfologia e análise química dos elementos antes e após a inserção do implante em osso e avaliar a possibilidade de usar um mesmo implante em diferentes sítios cirúrgicos num mesmo paciente e mesmo ato cirúrgico (MAZZO et al, 2012).
Estudos indicam que a elevada concentração de Titânio é importante para melhorar a osseointegração e que os tratamentos de superfície, por criarem rugosidades superficiais, permitem um melhor embricamento mecânico, fator que aumenta a estabilidade primária (MAZZO et al, 2012).
Porém, a inserção de um implante mais de uma vez em um substrato pode provocar redução na concentração do elemento Ti, principalmente nos implantes com superfície tratada, sugerindo que a sua manipulação deva ser realizada com maior cautela, para evitar a redução da camada de óxido de Ti e, desta forma minimizar o prejuízo à osseointegração (MAZZO et al, 2012).
REFERÊNCIAS