Ansiedade e Disfunção Temporomandibular: Este quadro clínico alterá?
♦ Elaine Angélica de Souza Coronatto – Email – Currículo Lattes ♦ César Bataglion – E-mial – Currículo Lattespágina 6
CORONATTO, E.A.S.; BATAGLION, C ?. Encicl. Bras. Teleodontol., Volume 1 (Série Q): página 6, janeiro, 2011, ISSN 2448-1181
Disfunção Temporomandibular (DTM) tem etiologia multifatorial. Muito se tem estudado a respeito dos fatores psicológicos envolvidos e como intervir na somatização das alterações emocionais dos indivíduos.
CORONATTO e BATAGLION (2000) estudaram 12 indivíduos sem disfunção temporomandibular (DTM) e 24 pacientes portadores de DTM, classificados pelo Índice Anamnésico (CORONATTO, BATAGLION 2000). Avaliaram o quanto o fator ansiedade pode interferir no quadro de DTM e se os tratamentos instituídos, tais como placa miorrelaxante e avaliação clínica, podem alterar os níveis de ansiedade e a amplitude dos movimentos mandibulares.
Os níveis de ansiedade, avaliados pelo Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), e a mensuração dos movimentos de abertura bucal, lateralidade direita e esquerda e protrusão foram realizados no início da terapia e 90 dias após o seu término. O tratamento com placa miorrelaxante foi realizado apenas no grupo constituído de 12 pacientes com DTM. Os resultados clínicos e estatísticos indicaram que, no início do estudo, os grupos com DTM eram mais ansiosos que o grupo sem DTM e as médias das excursões mandibulares eram menores nos grupos com DTM. Ao final das avaliações, o grupo sem DTM não apresentou alteração do quadro inicial. O grupo com DTM, que recebeu apenas avaliações clínicas, teve aumento do estado de ansiedade e manutenção das médias das amplitudes dos movimentos mandibulares. Já o grupo com DTM, após tratamento com placa miorrelaxante, teve os níveis de ansiedade (traço e estado) diminuídos, com parâmetros semelhantes aos do grupo sem DTM. Neste grupo, as médias dos movimentos mandibulares de abertura bucal, lateralidade direita e esquerda aumentaram significativamente. Porém, a protrusão mandibular manteve-se, em média, sem alteração significativa. De acordo com os dados obtidos, pode-se concluir que a Placa Oclusal é um tratamento efetivo para melhorar os níveis de ansiedade do indivíduo, a amplitude dos movimentos mandibulares e minimizar, ou mesmo, desaparecer com a dor muscular e articular, restabelecendo a função do sistema estomatognático. As atualizações das informações (Técnicas e Científicas) é de fundamental importância, pois os conhecimentos sobre a Placa Oclusal (Placa Mio-Relaxante), também pode ser encontrado as expressões de Placa Mio Relaxante e Placa Miorrelaxante contribuirão para a Saúde Bucal do paciente, permitindo a efetividade da ação do Tratamento da Dor Orofacial (CORONATTO e BATAGLION, 2000).
Cumpre ressaltar que, a Placa de Mordida Mio-Relaxante (Placa Miorrelaxante ou Mio Relaxante) tem sido usada, em Odontologia, como um dos métodos auxiliares do Diagnóstico e do Tratamento das Desordens Temporomandibulares (DTM) desde que obedecidos os critérios para Instalação da Placa Mio-Relaxante (BATAGLION 2005).
REFERÊNCIAS
2. BATAGLION C. Oclusão Dental: Placa Oclusal (Informações Básicas). Rev Bras Teleodonto 1(1):65-70, jan./ fev., 2005.
3. CORONATTO EAS, BATAGLION C. Avaliação dos níveis de ansiedade e da sintomatologia dolorosa e da amplitude dos movimentos mandibulares em indivíduos antes e após o tratamento com placa mio-relaxante. Rev Bras Prótese Clinica e Laboratorial 2(7):67-81, 2000.
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