Sistema Er:YAG em Odontologia?
♦ Silmara Aparecida Milori Corona – E-mail – Currículo Lattespágina 5
CORONA, S.A.M.: Sistema Er:YAG em Odontologia? Encicl. Bras. Teleodontol., Volume 1 (Série Q): página 5, janeiro, 2011, ISSN 2448-1181
Laser Er:YAG remove a estrutura dental (Esmalte e Dentina) por Processo Termomecânico conhecido como Ablação, onde a Energia é absorvida até a temperatura de vaporização.
Alguns Sistemas de Laser, como Nd:YAG e CO2, têm sido estudados para a remoção da Lesão de Cárie e preparos cavitários. Entretanto, estes Sistemas de Laser necessitam de alta densidade de energia para vaporizar o substrato dental, podendo ocorrer fusão do tecido mineralizado, carbonização de substâncias orgânicas e necrose pulpar, decorrentes dos efeitos térmicos.
A capacidade do laser Er:YAG em ablacionar tecidos duros dentais foi investigada pela primeira vez em 1988 (PAGHDIWALA et al , 1993), que obteve, empregando baixa densidade de energia, resultados favoráveis para a remoção de esmalte e dentina, sem o aparecimento de fendas ou carbonização, tendo observado pequeno aumento de temperatura (4,3º C), mesmo sem a utilização de refrigeração.
O Laser Er:YAG remove o esmalte e a dentina por um processo termomecânico conhecido como ablação, no qual a energia aplicada é absorvida pela água presente nos componentes orgânicos hidratados dos tecidos, que se aquece até a temperatura de vaporização.
A água vaporizada se expande levando a um aumento na pressão interna dos tecidos, provocando micro-explosões que levam à ruptura e eliminação do substrato em forma de partículas microscópicas. A energia incidente na estrutura dental durante a irradiação com Laser Er:YAG é suficiente apenas para produzir a vaporização da água, sendo a maior parte da energia consumida no processo de ablação, e, apenas uma pequena fração resulta em aquecimento da estrutura dental remanescente.
Utilização do Laser Er:YAG para realização do Preparo Cavitário oferece a vantagem relacionada ao conforto do paciente.
Um modificação química e estrutural no esmalte dental que leva à redução da solubilidade ácida, proporcionando à superfície irradiada, maior resistência ao desenvolvimento da Cárie.
Como limitação do Laser Er:YAG é que necessita de maior tempo para a realização do preparo cavitário, além de apresentar dificuldade para estabilização do foco durante o preparo cavitário.
Neste século XXI cumpre ressaltar que a atuação do Cirurgião – Dentista, mediante as pesquisas (laboratorial e/ou clínica) tem contribuído para a divulgação do Laser como procedimento acessível à maioria dos profissionais, porém a melhor compreensão dos efeitos do Laser Er:YAG poderá viabilizar a aplicabilidade deste Sistema em procedimentos clínicos específicos com destaque para Ondontologia Consrvativa desenvolvidas em ações educacionais (Tese e Dissertações – Biblioteca Digital) e suporte pedagógicos [1,2,3,]
REFERÊNCIAS
◊ Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP). Grupo de Pesquisa: Odontologia Conservativa (Responsável: Profa. Dra. Silmara Aparecida Milori Corona)
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