Enciclopédia Brasileira de Teleodontologia – ISSN 2448-1181 Universidade de São Paulo (USP) Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP)
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Histologia: Sistema Modelo de Pesquisa Laboratorial

Rumio Taga – E-mail  Currículo Lattes
Luiz Carlos Pardini – [E-mail] Currículo Lattes


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TAGA,R.; PARDINI, L.C. Histologia: Sistema Modelo de Pesquisa Laboratorial. Encicl. Bras. Teleodontol., Volume 1 (Série A): página 1, janeiro, 2011, ISSN 2448-1181


A Glândula Submandibular de Camundongo exibe duas populações distintas de células secretoras, sendo uma com as características sero-mucosas formadas por Ácinos, e outra com características serosa constituindo os Ductos Granulosos.

As Glândulas Submandibulares dos Roedores (Camundongo e Rato) apresentam compartimentos glandulares histológicos definidos e facilmente reconhecíveis quando se utilizam métodos esteriológicos e morfométricos para avaliar os comportamentos cinéticos durante o crescimento da Glândula Submandibular,portanto é um modelo ideal para estudo comportamental das atividades glandulares.

As observações morfológicas com Microscópio Óptico (MO), Microscópio Eletrônico (ME) e as pesquisas Bioquímicas dos compartimentos das Glândulas Submandibular do Camundongo constataram a grande variedade de polipeptídios biologicamente ativos que estão presentes no interior da célula do Ducto Granuloso (CDC) e apresentando Dimorfismo Sexual. O parênquima da Glândula Submandibular do Camundongo adulto é constituído de compartimentos morfofuncionais, na sequência próximo-distal: Ácino, Ducto Intercalar, Ducto Granuloso, Ducto Estriado e Ducto Excretor Intra – Glandular.

O Ducto Granuloso, do camundongo macho adulto, é o compartimento que melhor caracteriza o Dimorfismo Sexual, pois apresenta valores maiores em relação: Volume Glandular, Diâmetro Externo; Relação Superfície Tubular / Superfície Tubular Acinar (STDG / STA) quando comparado com a Glândula Submandibular do Camundongo adulto Fêmea. [PARDINI, TAGA, 1996].

Cumpre salientar que, estudos realizados, com auxílio de Microscopia Óptica, em Glândula Submandibular de Ratos Adultos não demonstraram a existência de Dimorfismo Sexual [TAGA, et al., 1994].

Como a Glândula Submandibular do Camundongo é um “sistema modelo de pesquisa” extensivamente utilizado em biologia, fisiologia e endocrinologia, há necessidade de um conhecimento mais profundo em relação às pesquisas de natureza morfométrica, fornecendo subsídios para futuras pesquisas analisarem este “modelo de normalidade“ em relação aos mecanismos químicos ou físicos que venham alterar esta organização glandular.

Desse modo, é de fundamental importância futuras pesquisas de natureza funcional e patológica da Glândula Submandibular do Camundongo e o Sistema Modelo de Pesquisa Laboratorial é fundamental para as descobertas científicas [PARDINI, 1985 e 1987].

Acreditamos que muito em breve os animais utilizados em experimentos em laboratórios devem ser, paulatinamente, substituídos por outros modelos de estudos [4].


REFERÊNCIAS

1. PARDINI., LC. Estudo Morfométrico da Glândula Submandibular do Camundongo: Comparação entre os Sexos. Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade se São Paulo. Mestrado em Odontologia (Diagnóstico Bucal), 1985.
2. PARDINI, L.C. Estudo Morfométrico da Evolução da População de Células do Ducto Granuloso da Glândula Submandibular do Camundongo durante A Vida Pós-Natal, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade se São Paulo. Doutorado em Odontologia (Diagnóstico Bucal), 1987.
3. TAGA  R.; ACHÔA, A.S.; PARDINI, L.C. Estudo Esteriológico dos Ductos Granulosos e Estriados de Glândulas Submandibulares de Ratos machos e Fêmas. Rev. Fac.Odont. Bauru. v.2, n.4., p.22-27, 1994.[LINK]
4. PARDINI L C, TAGA R. Stereological study of the sexual dimorphism in mouse submandibular glands. Okajimas Folia Anat Jpn, v. 73, n. 2-3, p. 119-124, 1996. [LINK]


Recebido: 10/11/2011 – Publicado: 01/01/2011 – Enciclopédia Brasileira de Teleodontologia – ISNN 2448-1181