Enciclopédia Brasileira de Teleodontologia – ISSN 2448-1181 Universidade de São Paulo (USP) Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP)
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Histologia (Morfometria): Estudo Cinético (Modelo Glândula Submandibular)

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Luiz Carlos Pardini – [E-mail]  Currículo Lattes Informações Adicionais    


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TAGA,R.; PARDINI, L.C. Histologia (Morfometria): Estudo Cinético (Modelo Glândula Submandibular)   Encicl. Bras. Teleodontol., Volume 1 (Série A): página 1, janeiro, 2011, ISSN 2448-1181


A Glândula Submandibular de Roedores (Rato ou Camundongo) é excelente modelo de estudo do comportamento da cinéticas populacionais [1,2,3,4,5]

Histologia (Morfometria) contribui para o Estudo Cinético em Roedores (Modelo Glândula Submandibular) pois apresenta Dimorfismo Sexual (Volume Glandular, Diâmetro Externo; Relação Superfície Tubular / Superfície Tubular Acinar (STDG / STA) quando comparado com a Glândula Submandibular do Camundongo adulto Fêmea. [PARDINI, TAGA, 1996]. Entretanto, cumpre salientar que, estudos realizados, com auxílio de Microscopia Óptica, em Glândula Submandibular de Ratos Adultos não demonstraram a existência de Dimorfismo Sexual [TAGA, et al., 1994].

O crescimento de população de células dos ductos intercalares, ductos estriados e túbulos granulares convolutos de glândulas submandibulares do camundongo durante o período de 14 a 84 dias de vida pós-natal, foi avaliada por métodos morfométricos [TAGA, PARDINI, 2002].

Os dados de número absoluto de células em cada tipo de ducto foram submetidos a ajuste de curva por análise de regressão linear e as equações obtidas foram: y = 13,22 + 0,87x para as células dos ductos intercalares no período de crescimento de 14 a 84 dias; y = 18,82 + 3,69x e y = 176,03 – 1,93x para as células dos ductos estriados nos períodos de crescimento e decaimento, respectivamente, de 14 a 35 e 35 a 84 dias; e y = 90,59 + 4,60x para as células dos túbulos granulares convolutos no período de crescimento de 28 a 84 dias [TAGA, PARDINI, 2002].

À partir dessas equações, o acúmulo diário (velocidade de crescimento) ou a perda diária (velocidade de decaimento) de células em cada período, foram calculados. Assim, a velocidade de crescimento das células dos ductos intercalares foi 0,87 x 105 células/dia; as velocidades de crescimento e decaimento de células dos ductos estriados foram, respectivamente, 3,69 x 105 células/dia e -1,93 x 105 células/dia; e a velocidade de crescimento das células dos túbulos convolutos foi 4,60 x 105 células/dia [TAGA, PARDINI, 2002].

Análise do acúmulo ou da perda de células e o balanço entre o crescimento das várias populações celulares ductais, mostraram numericamente que as células dos ductos estriados transformaram-se em células dos túbulos granulares convolutos e que o crescimento total na população dessas últimas células também depende da formação de novas células por atividade proliferativa, provavelmente nos ductos intercalares [TAGA, PARDINI, 2002].

Cumpre sempre enfatizar que acreditamos que muito em breve os animais utilizados em experimentos em laboratórios devem ser, paulatinamente, substituídos por outros modelos de estudos.



REFERÊNCIAS

1. TAGA  R.; ACHÔA, A.S.; PARDINI, L.C. Estudo Esteriológico dos Ductos Granulosos e Estriados de Glândulas Submandibulares de Ratos machos e Fêmas. Rev. Fac.Odont. Bauru. v.2, n.4., p.22-27, 1994. [LINK].
2. PARDINI L C, TAGA R. Stereological study of the sexual dimorphism in mouse submandibular glands. Okajimas Folia Anat Jpn, v. 73, n. 2-3, p. 119-124, 1996. [LINK]
3 TAGA, R.; SESSO, A. ; PARDINI, LC. Avaliação da homogeneidade da amostra em morfometria. Revista da Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP, 6(4):57-60, 1998. [LINK].
4. TAGA, R.; SESSO, A; PARDINI, L.C. Grau de precisão na avaliação morfometrica do número de celulas precision degree in the morphometric cell number evaluation. Revista da Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, SP, 6(1):67-70, 1998. [LINK].
5. TAGA, R.; PARDINI, L.C. Growth of cell populations of the intralobular duct in the submandibular gland of the mouse during postnatal development. Pesqui. Odontol. Bras., 16(4):285-291. 2002 [LINK], 


Recebido 9/03/2011 – Parecerista 15/03/2011 – Reformulado 23/03/2011 – Publicado 02/04/2011 – Enciclopédia Brasileira de Teleodontologia