No vasto e diversificado cenário da pesquisa científica brasileira, algumas personalidades destacam-se não apenas pelo seu profundo comprometimento com a ciência, mas também pelo amor apaixonado pelo objeto de estudo. Lionel Segui Gonçalves, um notável cientista, é uma dessas figuras, cujo trabalho incansável não apenas aprofundou nossa compreensão sobre as abelhas, mas também impulsionou o setor apícola no país. Desde seus primeiros passos na pesquisa, Prof. Lionel demonstrou uma conexão profunda com as abelhas africanizadas. Seu entusiasmo e dedicação pelo estudo desses insetos fascinantes transcenderam os limites acadêmicos, tornando-o uma referência respeitável no campo da entomologia e da apicultura. Sua dedicação incansável à pesquisa permitiu-lhe explorar as nuances da vida das abelhas, desde suas complexas estruturas sociais até os desafios que moldaram a apicultura nacional moderna. No coração de sua obra está o impacto significativo que teve na apicultura brasileira: seus estudos e pesquisas sobre as abelhas africanizadas, juntamente com seu empenho em promover práticas apícolas sustentáveis, revolucionaram o setor. Ao compartilhar seu conhecimento e sua experiência em cursos e congressos, ele contribuiu com a capacitação de apicultores em toda a América Latina por meio do aprimoramento de técnicas de manejo, aumentando a sanidade das abelhas e a produção de mel e outros produtos apícolas. Além de suas realizações científicas, Prof. Lionel inspirou e orientou inúmeras gerações de estudantes e pesquisadores, muitos dos quais compõem os atuais quadros de instituições de ensino e pesquisa no Brasil e no exterior. Sua paixão pela ciência e seu compromisso com o compartilhamento do conhecimento fizeram dele um modelo exemplar para todos que tiveram o privilégio de cruzar seu caminho. Após sua aposentadoria, continuou sua incansável luta pela ciência e pela preservação das abelhas, contribuindo para a fundação do CETAPIS na Universidade Federal do Semi-Árido, em Mossoró-RN, e também da ONG de proteção às abelhas Bee or not to be, na qual continua a atuar com a mesma paixão e entusiasmo. Dessa forma, seu trabalho permanece como um farol de inspiração para aqueles que continuam a explorar o mundo fascinante das abelhas. Seu espírito de curiosidade incessante e dedicação à causa da pesquisa e conservação desses importantes organismos continuarão a influenciar e orientar nossos esforços para proteger esses pequenos e essenciais polinizadores. Sendo assim, celebramos a vida e a trajetória deste pesquisador que, através de anos de dedicação, nos deixa um valioso legado de conhecimento, paixão e comprometimento. Que sua luta continue a nos inspirar a preservar e compreender as abelhas, tão essenciais para o equilíbrio de nosso planeta e para o futuro da humanidade.

 

Por Tiago Francoy e Michelle Manfrini