Análise de cobertura vacinal em menores de um ano no Município de Santo André – São Paulo
RESUMO
Objetivo: Estimar coberturas vacinais por territórios de saúde, identificar áreas de vulnerabilidade e os motivos que possam interferir nas coberturas vacinais de crianças menores de um ano.
Métodos: Trata-se de estudo ecológico e transversal, realizado no município de Santo André com análise de 413 registros de salas de vacina e entrevista de 92 mães sobre os motivos que levaram ao atraso ou não vacinação. Foi feita análise descritiva dos dados, e testadas associações entre variáveis, para os selecionados na amostra e os que participaram da entrevista. Para verificação de associações entre variáveis, nas variáveis quantitativas, foi usado teste t para igualdade entre médias. Para as variáveis qualitativas, foi usado teste qui-quadrado ou o teste exato de Fisher.
Resultados: As coberturas vacinais analisadas estão acima das coberturas vacinais extraídas do sistema de informação. As crianças que mais tiveram vacinas em atraso foram as nascidas em 2020, época de pandemia. A vacina febre amarela apresentou a menor cobertura e maior índice de atraso, possivelmente relacionada a hesitação vacinal. As mães que trabalham fora vacinaram tanto quanto as que não trabalham e as mães com maior escolaridade apresentaram menos atrasos. A taxa de abandono das vacinas multidoses aumentou a cada dose. Os territórios com maior falha de cadastro são os menos vulneráveis socioeconomicamente e com menor cobertura de estratégia saúde da família.
Conclusão: Ações como grupos de conscientização e sensibilização dos profissionais, vacinação extra-muros e identificação de fatores que desencadeiam atrasos ou não vacinação podem contribuir para o alcance de metas.
Planilha-tratada-Pesquisa-Analise-de-Coberturas-Vacinais-11.09.24.xlsx (4 downloads )