Exposição coletiva dos artistas da Reação Ana Rorras, Camila Oliveira e Marcelo Zion
13h - Área de Exposições (Antiga Cantina)

O Festival Justiça, Cultura e Arte receberá três artistas selecionados pela Reação.

Reação é uma Organização Social de Ribeirão Preto fundada em 2019 a partir de um coletivo comprometido com a transformação social. Sua missão é apoiar e desenvolver iniciativas voltadas ao crescimento social, artístico, cultural e educacional das comunidades de Ribeirão Preto e região.

Desde então, a organização tem ampliado seu alcance por meio de projetos que conectam agentes culturais, escolas, universidades e comunidades, com foco na cultura Hip Hop e na valorização das periferias.

Suas ações fortalecem redes de pertencimento e promovem o acesso democrático à arte e à educação.

Ana Rorras

Artista visual, natural de Taubaté (SP), reside e produz em São Paulo (SP). Bacharel em Artes Visuais, Pintura, Gravura e Escultura, pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. A artista integra a Organização Social de Ribeirão Preto (SP) REAÇÃO, a qual é contemplada como artista residente e dispõe de acompanhamento artístico e ateliê coletivo.

Suas obras transitam entre escultura, instalação e desenho, partindo da construção de ambientes. A partir do imaginário, investiga a reconfiguração da paisagem, mesclando elementos naturais e artificiais. Considerada uma dicotomia, essa relação entre campos distintos e antagônicos se manifesta em experimentações bidimensionais, tridimensionais e instalações espaciais em grande escala. Eliminando fronteiras pré-estabelecidas, criando composições que tensionam os limites entre o bruto e o sensível, o concreto e o vivo, explorando formas, encaixes e leveza.

Camila Oliveira

Fotógrafa com foco em retratos, corpos e cotidiano periférico. A artista desenvolve um trabalho autoral que investiga memória, identidade e feminilidade a partir de uma perspectiva crítica e sensível.

A mostra traz registros do “foto livro” “BRIANS: Mujeres Invisibles”. A obra mostra como a fotografia pode se tornar uma ferramenta de empoderamento para mulheres nas prisões. O projeto "Transpasando el objetivo” foi realizado entre 2020 e 2021 no Centro Penitenciário Brians 1, localizado em Sant Esteve Sesrovires (Barcelona). Durante dois anos, mais de sessenta detentas participaram de oficinas de fotografia, descobrindo uma nova forma de expressão e realizando trabalhos de empoderamento que contribuíram para melhorar sua autoestima e autoimagem.

Camila fotografou mulheres que sofreram violência de gênero, que ela conheceu durante seu tempo em Brians. A artista diz que convidou as protagonistas a olharem seus agressores de frente, e enfrentarem seus medos.

Marcelo Zion

Escritor de graffiti, coordenador cultural, pioneiro na cultura HIP HOP, membro ativo da Detroit Break Crew, do Coletivo C.U.R.A e da 620 Crew. Marcelo Zion é um dos grandes nomes da cultura HIP HOP no Brasil. Iniciou sua jornada como MC, DJ e B-BOY, construindo uma conexão multifacetada com as expressões urbanas. Com uma trajetória de 38 anos nas artes visuais, sua produção é profundamente conectada à estética e aos valores da cultura HIP HOP, abordando temas como resistência, ancestralidade e pertencimento. O artista acredita no poder transformador da arte urbana, sintetizado na frase: “uma rima, um risco, um traço e um giro irão transformar o mundo”.

Zion segue expandindo as fronteiras do Graffiti e do HIP HOP, mantendo viva a essência dessa revolução cultural que inspira e impacta gerações. Atualmente está à frente do projeto “Quilombo Urbano Ujima 017", um trabalho voltado à valorização da cultura negra e à resistência cultural nas periferias.