E aí, selvagens! Nesta edição de #CarreiraSelvagem temos a Maria Eduarda Parlon apresentando sua iniciação científica sobre “Estudo das células tronco de folículos de penas de aves silvestres quanto sua morfologia e expressão gênica”, sob orientação da Prof. Dr. Daniele dos Santos Martins.
Apresentação
Oi pessoal, meu nome é Maria Eduarda, também conhecida na faculdade por “Salem”. Estou no meu último semestre de Medicina Veterinária e participei do GEAS desde o meu ano de ingresso na faculdade, em 2019. Do meu primeiro ao terceiro ano de faculdade, participei de projetos voltados para animais de companhia, mas, em 2022, adentrei no meu primeiro projeto de iniciação científica PIBIC, voltado para animais selvagens.
O projeto “Estudo das células tronco de folículos de penas de aves silvestres quanto sua morfologia e expressão gênica” foi realizado em 2022 e 2023, com o objetivo de cultivar as células tronco obtidas de penas de aves em desenvolvimento, a fim de criar um banco genético para conservação de aves silvestres. Legal, né?
Atividades desenvolvidas
Durante o projeto, nós coletamos penas de aves advindas tanto do campus de Pirassununga quanto de CRAS e Zoológicos parceiros. As penas deveriam estar em estado de desenvolvimento, no qual a estrutura possui uma polpa onde podemos encontrar células tronco e, a partir dessa coleta, realizamos o cultivo em laboratório e protocolos de diferenciação e multipotência, analisando as principais características das células tronco cultivadas. Assim, pudemos elaborar a criação de novos protocolos de cultivo que podem auxiliar as pesquisas com aves, além, de claro, iniciar a construção de um banco de material genético das espécies coletadas.
Pude apresentar esse trabalho no 31º Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP (SIICUSP) e no XXV Congresso Brasileiro de Reprodução Animal (CBRA-2023).
Como foi o processo seletivo?
Durante a etapa de inscrição para projetos envolvendo os Projetos de Bolsa Unificada (PUB), da USP, me inscrevi para um outro projeto inicial, envolvendo animais de laboratório. Realizei o processo seletivo respondendo perguntas simples em um formulário do google. Acabou que não consegui passar para esse projeto, porém a professora orientadora responsável ofereceu aos que não passaram a oportunidade de se inscrever no projeto de estudo celular de aves silvestres, e assim fiz. A Profª Daniele (agora minha orientadora rsrs) deixou claro que seria necessário um conhecimento em técnicas laboratoriais mais complexas, como imunocitoquímica, cultivo e criopreservação celular, todas as coisas que eu não fazia ideia de como fazia, mas abracei a oportunidade e fui com tudo!! E hoje percebo que foi uma das melhores escolhas! Não tenha medo de se arriscar!