Me chamo Marcela Ribeiro da Silva, tenho 21 anos e estou no quinto semestre de Medicina Veterinária na FZEA – USP
Experiência Pessoal
Quando criança, meus pais me levaram algumas vezes ao Zoológico de São Paulo e eventualmente ao Aquário de São Paulo. Isso porque sempre gostaram de ver os animais selvagens e porque queriam que os filhos tivessem a oportunidade de apreciar a vida silvestre como eles.
Além das visitas em família, fiz uma visita ao Zoológico em um passeio escolar no Ensino Fundamental. Uma visita guiada voltada para a importância dos animais selvagens e da conservação das espécies.
O objetivo desses passeios não era incentivar as crianças a seguir carreira na área de preservação e medicina veterinária, mas sim de ensinar seus papéis como indivíduos cujas ações podem impactar o equilíbrio natural da vida selvagem, despertando a consciência ambiental. No meu caso, no entanto, não foi preciso que os professores ou os pais incitassem a escolher essa profissão, o contato com o zoológico e o aquário fizeram esse trabalho.

O impacto das visitas na escolha profissional
Pode ser difícil acreditar que uma criança com seus 6 anos escolheria uma profissão que não largaria para o resto da vida, mas foi o que aconteceu comigo. Ver muitos dos animais que antes eu só conhecia pela televisão, em vida real, era simplesmente impressionante todas as vezes.
Ao mesmo tempo, ouvir que muitos destes animais eu poderia não ver depois de alguns anos porque as espécies poderiam “se perder” me marcou. Isso ficou comigo durante toda a visita e foi o que me fez questionar se era possível cuidar desses animais como cuidamos dos nossos cachorros, porque cachorros eu via aos montes e eles não simplesmente desapareceriam.
A partir dali, o desejo de cuidar desses animais logo foi estabelecido e nomeado como a profissão de Medicina Veterinária de Animais Selvagens.
O papel das instituições de conservação na educação e no futuro das carreiras
Zoológicos e aquários não são apenas locais de lazer, mas também centros de educação e conservação. Passeios escolares guiados, palestras em escolas e interações com os animais ajudam a mostrar que há profissões dedicadas a proteger a fauna, seja por meio da pesquisa, do manejo ou da medicina veterinária.
Esse tipo de experiência pode ser o primeiro contato de muitas crianças com a ideia de que é possível trabalhar pela preservação da vida selvagem. No meu caso, foi o que acendeu a paixão por essa área e me colocou no caminho que sigo hoje.
