Meu nome é Victoria Daher, conhecida como “Viatura” na faculdade. Estou no 9º período de Medicina Veterinária, e entrei no GEAS no início de 2024 como gerente de secretaria.
Atualmente, estou realizando o projeto de iniciação científica “Estabelecimento de Intervalos de Referência Hematológicos e de Bioquímica Sérica de Jaritatacas (Conepatus amazonicus)” sob orientação do Prof. Dr. Caio Filipe da Motta Lima desde agosto de 2024. O projeto é vinculado ao LaMeC (Laboratório de Medicina e Conservação de Animais Silvestres), através do programa PUB da faculdade.
Sobre o projeto
O gênero Conepatus possui ampla distribuição no continente americano, mas é um dos grupos de mamíferos menos estudados, especialmente as espécies sul-americanas. A escassez de dados sobre sua ecologia, fisiologia e morfologia dificulta a implementação de estratégias eficazes de conservação dessas espécies. Assim, o projeto visa complementar os estudos atuais sobre a espécie, aprofundando a compreensão de sua fisiologia e contribuindo para ferramentas de diagnósticos, abordagem clínica, manejo, e outras práticas para conservação.
Com base nas amostras de sangue e dados fornecidos pelo Programa de Conservação Mamíferos do Cerrado (PCMC), o projeto pretende estabelecer os intervalos de referência para 38 analitos hematológicos e bioquímicos para a espécie Conepatus amazonicus, a mais abundante desse gênero no território brasileiro.
Até o momento, seguindo as diretrizes protocoladas pela ASVCP (Sociedade Americana de Patologia Clínica Veterinária), foi estruturado um script no software RStudio para análise dos dados e cálculo dos intervalos de referência. O próximo passo é a inserção e processamento dos dados fornecidos pelo PCMC no programa para obtenção dos valores de referência e análises de estatística descritiva e inferencial.
Além disso, durante os primeiros meses do projeto, acompanhei as atividades no Laboratório de Patologia Clínica do hospital veterinário (HOVET) da FZEA como estágio extracurricular através do projeto, como forma de aprofundar meus conhecimentos acerca de patologia clínica e processamento de amostras.
Como foi o processo seletivo?
Não houve um processo seletivo. Através do GEAS, conheci o orientador do grupo Prof. Dr. Caio Motta e, por meio de atividades extracurriculares, pude demonstrar interesse na realização de uma iniciação científica na área de animais silvestres e patologia clínica. A partir disso, decidimos qual seria o tema de estudo e escrevi o projeto para submissão para a PUB, que estava com edital aberto. Com a aprovação, comecei o estágio extracurricular no laboratório de patologia clínica e dei início à revisão bibliográfica e estruturação do banco de dados no RStudio.