Relato por Giovanna Machado.
Me chamo Giovanna e estou atualmente cursando o 7º semestre de Medicina Veterinária. Minha jornada no GEAS teve início no primeiro semestre de 2025. Meu primeiro estágio extracurricular foi realizado na Clínica Gaiavet, situada em São José do Rio Preto, no mês de julho de 2024. A Clínica Gaiavet oferece oportunidades de estágio, tanto curriculares quanto extracurriculares, não remunerados. O período mínimo para participação é de um mês.
Descrição das atividades realizadas
Durante meu estágio em uma das clínicas veterinárias especializadas em pets não convencionais de São José do Rio Preto, acompanhei a rotina clínica e ampliei meus conhecimentos, pois nunca tinha tido contato antes com a área clínica de pets não convencionais.
Acompanhei de perto os procedimentos diários da clínica, como procedimentos cirúrgicos variados e contribuí nos exames diagnósticos, incluindo raio-x, ultrassom e bacterioscopia.
Além disso, tive a oportunidade de realizar o manejo de animais na área de internação, contribuindo com a alimentação diária dos animais e limpeza de baias. Assim como os animais que ficavam de hotelzinho.
Essa diversidade de experiências práticas, contribuíram significativamente para um aprendizado que não havia, pois foi a primeira vez imersa na área de pets não convencionais. E me despertou um interesse na área de silvestre que descobri que gostei e queria aprender mais.
Caso clínico
Um caso clínico que para mim foi muito marcante foi de um jabuti, chamado Guto, no qual vivia em uma escola infantil junto com a sua amada. Guto chegou na clínica pois já fazia uns dias que perceberam que ele não estava se alimentando ou defecando. Foi feito um raio x, e foi visto 4 corpos estranhos em seu trato gastrointestinal. Guto foi internado para que pudesse acompanhar o caso mais de perto, e no dia seguinte fosse realizado um novo raio x, para saber se o corpo estranho tinha se movido.
No dia seguinte foi feito o raio x, e parecia que os corpos estranhos não haviam se movido. Optaram dar contraste para saber se os corpos estranhos estavam obstruindo ou não o intestino, e iriam fazer um raio x por 3 dias. Caso o contraste não saísse nas fezes iriam realizar uma cirurgia para a remoção dos corpos estranhos.
No terceiro dia, realizaram novamente o raio x, perceberam que os corpos estranhos haviam se movido. E Guto havia defecado um pouquinho na baía, e nas fezes tinham resquícios do contraste. Porém Guto não estava querendo se alimentar e estava em modo hibernação.
Com isso, a escola não conseguia arcar com os custos da internação por mais tempo. Decidiram, dar alta para o Guto, mas seria acompanhado durante uma semana na casa da diretora da escola. E caso o quadro piorasse deveria voltar.
Dois dias depois, Guto voltou pois estava comendo pouco e não estava defecando. Os veterinários já estavam cogitando entrar em cirurgia, com isso o internaram novamente, porém era uma sexta-feira.
No sábado a plantonista teve a ideia de colocar o guto em uma caixa rasa com um pouco de água morna suficiente para cobrir os pés do Guto. E nisso o animal começou a defecar e expeliu um dos corpos estranhos e viram que era uma pedrinha do lugar onde o Guto ficava na escola.
Com isso Guto se livrou de uma cirurgia e voltou para sua amada. E cinco dias depois voltou para o retorno e já havia expelido as outras pedras e estava ótimo. Se alimentando e vivendo normalmente.
Como foi o processo seletivo?
O processo seletivo abre a cada começo de semestre. Eles soltam na página do instagram uma publicação com o que é exigido. Após enviar uma carta de intenção, manifestando meu interesse em estagiar e indicando os meses de disponibilidade por e-mail. Fui aceita para realizar o estágio.
Os meses de férias são os mais procurados, surgindo uma alta concorrência por vagas. Uma vez que são apenas dois estagiários por dia.