Apresentação
Me chamo Emília Marques Pastre, tenho 19 anos e estou atualmente cursando o 3º
semestre de Medicina Veterinária na USP FZEA.
Minha história
Eu pratico vôo livre com minhas duas jandaias-verdadeiras (Aratinga jandaya) desde 2020 e
gostaria de falar mais sobre minha experiência, já que é notável a falta de informações e
relatos sobre essa atividade nas mídias ou em nosso dia a dia e é um assunto que desperta
muita curiosidade por ser algo incomum.
Tudo começou quando descobri o vôo livre com psitacídeos pelas redes sociais, nunca
tinha ouvido falar sobre isso e me apaixonei pela ideia de proporcionar esse bem-estar para
meus animais e ter esse nível de conexão com eles. Depois de algum tempo pesquisando
resolvi adquirir o curso da Silvia Corbucci, o qual foi adaptado ao território brasileiro e é
baseado na técnica criada por Chris Biro.
De início comecei apenas com uma ave, mas logo senti a necessidade de adquirir um
parceiro para ela, já que são animais monogâmicos e pelo que observei de outros tutores,
duplas ou bandos voam muito mais do que aves solitárias, além de proporcionar uma maior
segurança para a prática. Assim, adquiri minha segunda ave e algo que pude perceber foi
como cada indivíduo é único e possui seu próprio desenvolvimento e personalidade,
enquanto um era bem mais calmo e se desenvolveu mais lentamente, o outro era super
agitado e curioso com tudo, porém acredito que se não fosse pelo voo livre eu não teria
tanto conhecimento sobre a personalidade deles, essa prática possibilita com que você
conheça muito mais do que você imagina sobre a sua ave, além de ser muito benéfica para
o condicionamento físico e mental desses animais.
Conclusão
Durante a minha trajetória eu tive a oportunidade de viajar com eles para diversos lugares
como o interior de São Paulo, Joinville, São Francisco de Paula e Florianópolis. É incrível
poder proporcionar a liberdade que eles merecem e por se tratar de animais silvestres eu
acredito que seja um hábito fundamental para oferecer a melhor qualidade de vida possível
para eles e ainda assim mantê-los como pets, afinal aves foram feitas para voar e não é
meu direito tirar isso deles, mas como qualquer coisa na vida isso precisa ser pesado em
uma balança e ser feito com responsabilidade. Sendo assim, manter os exames virais em
dia, adquirir aves de criadores legalizados e confiáveis, praticar o voo livre em locais
seguros e com o treinamento adequado são pontos fundamentais para garantir a saúde
tanto do ambiente e dos animais que ali residem, quanto do seu próprio animal.
Caso queiram saber mais sobre podem dar uma olhada no instagram da Silvia Corbucci,
@silviacorbuccioficial, ou no site do Chris Biro: https://www.libertywings.com/.