Meu nome é Isabela Crispim Lopo de Abreu, tenho 20 anos e estou cursando o 4° ano de
Medicina Veterinária na FZEA.
Contribuí com o projeto ReSeeD durante uma semana, em Julho de 2023, no campus Rio
Claro – UNESP.
Foram 5 dias de atividades com o projeto. Como fui para Rio Claro em um grupo de 4
pessoas, recebemos dos mestrandos, Guilherme Canassa e Robert Timmers, um
cronograma detalhado das atividades da semana. Assim, foram 3 dias de atividades em
conjunto e 2 dias de atividades em 2 grupos para melhor funcionalidade.
No primeiro dia, visitamos uma das parcelas do projeto, localizada em Araras. Lá,
escalamos duas árvores e realizamos a manutenção de câmeras trap instaladas na área.
Durante o trajeto, observamos a flora da área e fizemos anotações dos registros de animais
flagrados pelas câmeras.
No segundo dia, visitamos duas outras parcelas do projeto. Nos juntamos com a Carina
Isabella Motta, participante do projeto vinda da Califórnia, para realizar a etapa de captura
de aves. Nessa atividade, realizamos a captura de um soldadinho fêmea com o
posicionamento de uma rede. Aprendi a maneira correta de segurar a ave, e como fazer os
registros de peso, tamanho, comprimento, largura e profundidade do bico, assim como a
marcação da asa para reconhecimento do animal em observações futuras.
No terceiro dia, visitamos três outras parcelas do projeto, onde escalamos mais uma árvore
e realizamos a manutenção de outras câmeras trap. Fizemos os registros de
tamanduá-bandeira, saruê e quatis, capturados pelas câmeras.
No quarto dia, meu grupo foi para uma parcela em São Carlos para realizar a atividade de
focals em uma figueira. Ficamos por cerca de 4 horas em cima da árvore. Durante o período
de observação, pudemos ver pássaros de 6 espécies: Sanhaçu-cinzento (Sayaca tanager),
Gaturamo verdadeiro (Violaceous euphonia), Gavião-pernilongo (Geranospiza
caerulescens), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), Saíra-amarela (Tangara cayana) e
Sabiá-barranco (Turdus leucomelas). No trajeto, registramos também as pegadas de
jaguatirica e carcará e reconhecemos plantas como Gravatá e Copaíferas.
Enquanto isso, o outro grupo estava em uma outra parcela realizando a atividade de
captura.
No quinto e último dia, meu grupo ficou em uma parcela em Rio Claro para realizar a
atividade de captura. Nesse período, vimos dois Canários-do-mato (Myiothlypis flaveola),
Juriti-pupu (Leptotila verreauxi), Tico-tico-de-bico-amarelo (Arremon flavirostris) e
Sabiá-barranco (Turdus leucomelas). Também fizemos o registro de todas as características
de cada um desses pássaros.
O objetivo do projeto é analisar a contribuição das interações animal-planta para a
biodiversidade e a restauração dos ecossistemas da Mata-Atlântica.
Todas as experiências do estágio foram muito enriquecedoras para mim, desde coisas mais
distantes da minha área como aprender a escalar em árvores com os equipamentos certos,
realizar a manutenção de câmeras trap até atividades mais voltadas à contenção de aves,
reconhecimento de fauna e diferenciação de espécies.
Como conseguiu o estágio?
No primeiro semestre de 2023, assisti a uma palestra organizada pelo próprio GEAS
– USP Pirassununga, feita pelo Biólogo Guilherme Canassa, um dos membros do projeto,
sobre ”Captura e Amostragem de aves e mamíferos”. Naquele mesmo momento, me
interessei pelo projeto e demonstrei vontade em participar dele. Porém, também é possível
demonstrar interesse a partir do instagram do projeto, chamado ”reseed_project”