Estudos em políticas públicas, planejamento, gestão e avaliação dos serviços:

18/12/2020

VIOLÊNCIA E SAÚDE: ESTUDOS EM POLÍTICA PÚBLICA, PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS SERVIÇOS.

Objetivos: Estudos sobre as formulações, implementações, gestão e avaliação de programas e políticas voltadas para a atenção a mulheres e homens em situação de violência, abordando vítimas e agressores, no âmbito da atenção primária. Aplica-se a políticas e programas intra setor saúde, bem como a estudos no âmbito de redes intersetoriais, que incluam a segurança pública, o judiciária, a assistência social, a atenção médica especializada, além de ONGs e outros equipamentos. Incluem-se também estudos que apontam para os itinerários terapêuticos e assistenciais nas rotas das pessoas vítimas de violência, levando em conta a dinâmica usuários(as)-serviços ou a ajuda buscada. As pesquisas são realizadas por meio de estudos qualitativos de observação das atividades assistenciais dos serviços e das ações na comunidade, de entrevistas com profissionais, com usuários e com gestores, de realização de grupos focais e de análises documentais. Em alguns estudos podem-se triangular métodos em um mesmo desenho de estudo; por vezes alguns estudos contam com abordagem quantitativa de cunho descritivo.

 

1994 – 1999
PROJETOS INTEGRADOS DE CAPACITAÇÃO E PESQUISA DE TECNOLOGIAS PARA ATENDIMENTO A MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA (I, II e III), desenvolvido com auxílio da Fundação Ford e em parceria com a Organização Não Governamental – Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde.

Descrição: Pesquisa-se no projeto I, a tecnologia de atendimento primário para assistência integral a mulheres em situação de violência, mapeando-se os serviços especializados no atendimento às mulheres vítimas de violência para construção de sistema de referência, contrarreferência e encaminhamento especializado a partir da atenção primária. Nesta, busca-se conhecer as demandas e necessidades relativas à condição feminina no que tange à situação de violência, identificando-se a relação demandas – tecnologias assistenciais, em termos das ações e interações das usuárias com profissionais do serviço. No projeto II, dá-se continuidade à investigação sobre Violência social e as questões de Gênero relacionadas às necessidades e tecnologias assistenciais em saúde. Aprofunda-se o estudo das concepções sobre o processo saúde-doença e o uso do serviço, especialmente relacionado à violência social e doméstica, de mulheres residentes na região do Butantã e usuárias do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) de uma unidade básica de saúde específica: o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP (CSE Samuel B Pessoa ou do Butantã). Esta complementação amplia o conhecimento sobre o consumo de serviços de saúde, permitindo a proposição mais adequada de tecnologias assistenciais e a política de saúde para os serviços básicos. No projeto III, em continuidade aos anteriores, avança-se no estudo de histórias de vida de mulheres caso de violência doméstica e sexual, bem como integra uma atualização do Guia de Serviços, produzido e editado em 1995-96, com o remapeamento de serviços que atendem a mulheres em situação de violência no Município de São Paulo. Adicionalmente a partir dos dados encontrados em pesquisas anteriores busca-se elaborar uma proposta de atendimento compatível com a atenção integral dos programas de atendimento desenvolvidos ao nível da atenção primária. Após a elaboração dessa tecnologia a mesma foi implantada junto ao Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher em Unidade Básica piloto (Centro de Saúde-Escola Samuel B. Pessoa), seguindo parâmetros pré-estabelecidos de atividades e fluxos de atendimento com o objetivo futuro de submeter o mesmo à avaliação.

 

1996 – 2000
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL PARA CAPACITAÇÕES E DE ORIENTAÇÃO A USUÁRIAS DOS SERVIÇOS: O BRASIL NO ESTUDO MULTIPAÍSES SOBRE SAÚDE DA MULHER E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER e PROJETO VIOLÊNCIA, GENERO E DIREITOS HUMANOS: QUESTÕES PARA O CAMPO DA SAÚDE

Descrição: Apoio ao desenvolvimento de materiais educativos derivados do projeto de pesquisa O Brasil no estudo multipaíses sobre saúde da mulher e violência contra a mulher e do projeto Violência, Genero e Direitos humanos. O desenvolvimento dos materiais dá-se em parceria com a ONG feminista Sexualidade e Saúde e é financiado respectivamente pela OMS e Fundação FORD. Os materiais destinam-se às mulheres quanto a acesso a serviços básicos de saúde e de rede especializada intersetorial para o enfrentamento da violência doméstica contra mulheres (Guia de serviços intersetoriais) e para profissionais de saúde (Cartilha com protocolo de atenção aos casos e Guias de serviços intersetoriais).

 

2002 – 2003
PROJETO: E COMO ESTÃO AS DESIGUALDADES DE GÊNERO NO
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA ?

Descrição: Estudo acerca das questões de gênero na atenção primária a saúde no programa Saúde da Familia, em unidades básicas da Secretaria Municipal da Saúde do Recife, com os objetivos de realizar diagnóstico do processo de trabalho em saúde no PSF de Recife para identificar inequidades de gênero e realizar ações que possibilitem a requalificação da prática, buscando a formulação de tecnologias (instrumentos, atividades, formas de organização, etc.) com vistas a promoção de equidade em saúde na perspectiva de gênero e material educativo a ser usado em capacitações dos profissionais nos serviços. Baseado em pesquisa qualitativa e executado em parceria com a ONG Feminista SOS Corpo e com a Universidade Federal de Pernambuco/ Núcleo de estudos em Familia, Gênero e Sexualidade – FAGES, o projeto é financiado pela Secretaria Municipal da Saúde do Recife.

 

2004 – 2006
PROJETO: IDENTIFICANDO POSSIBILIDADES E LIMITES DO TRABALHO EM REDE PARA A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – ESTUDO EM TRÊS CAPITAIS BRASILEIRAS

Descrição: A violência contra as mulheres é um problema complexo e seu enfrentamento necessita a composição de serviços de naturezas diversas, demandando um grande esforço de trabalho em rede. A interação entre os serviços dirigidos ao problema, entretanto, é difícil e pouco conhecida. Este projeto analisa a trama de serviços voltados para o atendimento de mulheres em situação de violência nas cidades de São Paulo, Recife e Porto Alegre, descrevendo a vocação assistencial de cada serviço, seus fluxos e interconexões e identificando os elementos propiciadores e obstaculizadores do trabalho em rede integrada, com uso de entrevistas para gerentes e profissionais de todos os serviços dirigidos a mulheres em situação de violência em cada uma das cidades estudadas para a caracterização dos serviços e de suas interconexões. Um dos resultados da investigação será a publicação de Guias de Serviços que apoie o uso efetivo e solidário da rede existente e sua maior integração; o outro resultado é o diagnóstico dos entraves para a construção e funcionamento em rede, que será disponibilizado para funcionários, gerentes, movimento de mulheres e formuladores de políticas. Projeto financiado pelo Ministério da Justiça. Brasil.

 

2006 – 2008
PROJETO: MASCULINIDADE E CUIDADO – REPRESENTAÇÕES DE PROFISSIONAIS E DA CLIENTELA MASCULINA ACERCA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE PARA HOMENS

Descrição: Estuda-se a relação entre exercícios de masculinidades e saúde para homens usuários e os profissionais de saúde de serviços de atenção primária em suas interações, a fim de compreender como são articuladas as noções de vulnerabilidade e de cuidado de saúde com a identidade masculina. Parte-se do pressuposto de que aquele exercício pode representar riscos para a saúde dos homens e de que os serviços de saúde não incorporam os referenciais culturais de masculinidades nas práticas de saúde efetivadas. Além do mais, observa-se a existência de uma lacuna tanto no terreno da intervenção em saúde como também no campo do conhecimento científico a respeito dessas relações e a influência da cultura de gênero nas questões de saúde. Do ponto de vista metodológico, usa-se pesquisa qualitativa com observação direta das atividades assistenciais e de entrevistas semi-estruturadas a usuários do sexo masculino da faixa etária de 18 a 60 anos e profissionais de saúde como fonte de coleta de dados. Para a análise serão utilizados os conceitos de gênero e as concepções de cuidado, de forma a procurar uma comparabilidade das representações de homens e profissionais. Projeto financiado pela FAPESP.

 

2006 – 2009
PROJETO: SAÚDE DA POPULAÇÃO MASCULINA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA – TENDÊNCIA HISTÓRICA E REPRESENTAÇÕES SOBRE NECESSIDADE, ACESSO E USO DE SERVIÇOS EM CIDADES DE QUATRO ESTADOS DO BRASIL (RN, PE, RJ, SP)

Descrição: Investigar como se dá a relação homens-assistência à saúde e, a partir daí, como estão as relações de gênero no âmbito da atenção primária à saúde, da perspectiva: (1) da tendência histórica da participação dos homens na atenção primária; (2) da inclusão das questões de saúde de diferentes parcelas da população masculina da perspectiva dos serviços de atenção primária; (3) das representações sobre saúde e percepções sobre acesso, uso de serviços e adesão pelos homens; (4) das articulações conceituais e práticas entre as questões masculinas e femininas nas ações de assistência. Projeto vale-se de pesquisa qualitativa com observação dos serviços e entrevistas a profissionais e usuários. Projeto financiado pelo CNPq.

 

2007 – 2012
PROJETO: CAMINHOS DA INTEGRALIDADE: LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE TECNOLOGIAS DE CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE EM SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA EM REGIÃO METROPOLITANA – Braço Gênero e Saúde na atenção primária

Descrição: projeto desenvolvido pelo Departamento de Medicina Preventiva e Centro de Saúde Escola Samuel B. Pessoa, da Faculdade de Medicina da USP, com participação de pesquisadores de outras unidades da USP (Escola de Enfermagem, Escola de Educação Física e Esporte e Escola de Artes, Ciências e Humanidades) e em parceria com a Secretaria de Saúde do Município de São Paulo. Trata-se de um estudo sobre processos de trabalho e tecnologias em atenção primária à saúde, de caráter qualitativo, baseado em metodologias combinadas (observação direta, entrevistas, grupo focais). A pesquisa será desenvolvida nas 14 unidades básicas da Secretaria Municipal de Saúde/Coordenaria de Saúde da Sub-Prefeitura do Butantã (instituição parceira no projeto), buscando identificar, analisar, sistematizar/aperfeiçoar e disseminar práticas bem sucedidas em relação à realização da integralidade do cuidado. Dentro desse marco geral, o braço voltado às questões de Gênero e Saúde traz dois recortes: como estão as questões de gênero no programa saúde da mulher e como essas questões se apresentam em mulheres portadoras de deficiência. O projeto buscará, nesse sentido, trazer subsídios diretos em: construção de indicadores de integralidade para planejamento, monitoramento e avaliação de ações de atenção primária, mapeamento e otimização de inovações tecnológicas e formação/favorecimento de redes intra e entre serviços da região. Financiado pela FAPESP.

 

2008 – 2009
PROJETO: ANÁLISE CRÍTICA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA SOBRE GÊNERO – INTERFACES COM A SAÚDE COLETIVA

Descrição: O projeto tem como objetivo realizar uma análise crítica da produção científica brasileira sobre gênero, no campo da Saúde Coletiva, para avaliar como essa perspectiva analítica está sendo operacionalizada pelos pesquisadores. Através de uma leitura epistemológica, busca identificar como a categoria de gênero é aplicada, quais os sentidos atribuídos ao conceito, referenciais teóricos e metodologias utilizadas. A proposta metodológica inclui a realização de um amplo levantamento junto aos periódicos nacionais indexados nas Bases de Dados BIREME/Medline/Lilacs, SciELO, Portal da CAPES e Biblioteca Virtual em Saúde-Psicologia, e, também, em livros e coletâneas que abordam a temática de gênero na interface com a Saúde.

 

2012 – 2018
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E O CUIDADO INTEGRAL EM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DE GÊNERO: ESTUDO SOBRE A ROTA CRÍTICA DAS MULHERES E CRIANÇAS E REDES INTERSETORIAIS

Descrição: Este projeto visa estudar obstáculos e possibilidades da integração dos serviços de atenção primária à saúde em uma rede articulada de serviços para o enfrentamento da violência doméstica de gênero. Apesar do grande aumento dos serviços voltados para o atendimento às mulheres em situação de violência avanço, os atendimentos ainda são marcados por ambiguidades e contradições; os espaços e fluxos são inadequados à tarefa e a percepção dos profissionais é permeada muitas vezes por estereótipos acerca das relações de gênero. Um dos grandes obstáculos é a dificuldade de articulação em rede dos diferentes serviços, instituições e setores assistenciais voltados para a questão. Esta situação reitera o que tem sido chamado a rota crítica das mulheres afetadas pela violência doméstica, uma peregrinação pelos serviços com respostas inadequadas. O objetivo do estudo é, por meio de entrevistas com profissionais dos distintos serviços que podem compor uma rede intersetorial, entrevista com gestores e com mulheres vivendo em situação de violência, conhecer, em uma região delimitada da cidade de São Paulo, como se dão as interações e os fluxos entre os profissionais de atenção primária e os dos demais serviços específicos para o atendimento à violência doméstica e como estas relações afetam as rotas das mulheres e crianças em situações de violência intrafamiliar. Projeto financiado pelo CNPq.

 

2013 – 2017

PERPETRATION OF INTIMATE PARTNER VIOLENCE BY MALES IN SUBSTANCE ABUSE TREATMENT: A CROSS-CULTURAL RESEARCH LEARNING ALLIANCE

Descrição: O projeto propõe-se a estudar a perpetração de violência contra parceiros íntimos por homens dependentes de substâncias químicas. É um projeto realizado em duas cidades, São Paulo e Londres. Realizam-se entrevistas qualitativas e questionários quantitativos com homens e profissionais dos serviços da rede de atenção psicossocial (CAPS) ligados à atenção a usuários de uso abusivo e dependência de substâncias (CAPS-AD) e pretende propor, ao final, estratégias de intervenção que possam compreender e intervir na questão da violência e do uso abusivo de substâncias de forma integrada e com sensibilidade cultural. Projeto financiado pelo King’s Colledge.

 

2013 – 2018
ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NOS SERVIÇOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO: A IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICA PÚBLICA DE UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

Descrição: Estudam-se as políticas de enfrentamento da violência contra as mulheres, no Município de São Paulo. Os objetivos são mapear as políticas públicas e as propostas de organização institucional de uma rede de atenção integral, assim como conhecer suas implementações nos serviços, com destaque ao setor Saúde. Dá-se voz à perspectiva de gestores e formuladores da política, trabalhando-se a relação da gestão com as políticas públicas. A produção dos dados possui dois segmentos: levantamento documental e entrevistas semi-estruturadas com 40 gestores operando em diferentes níveis da organização institucional da Secretaria Municipal da Saúde, pesquisando-se as três últimas gestões. A análise desses dois corpus de dados será temática de conteúdo, examinando-se cada um deles com posterior triangulação dos dados. Financiamento CNPq.

 

2014 – 2019
AS MULHERES E SEUS TEMPOS: DUPLA JORNADA DE TRABALHO, CUIDADO DE SI E LAZER NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

Descrição: Estuda-se os tempos da vida das mulheres com filhos e que trabalham fora de casa, além de realizarem os cuidados domésticos, a fim de identificar o tempo liberado para a promoção de saúde, em análise comparativa entre Barcelona e São Paulo. Com base em entrevistas semi-estruturadas com o intuito de obter informações acerca da organização dos tempos da vida das mulheres que trabalham profissional ou ocupacionalmente e da percepção que possuem do que significa cuidar dos filhos e família e da própria saúde, são entrevistadas mulheres de camada média e que aderiram a questões feministas e/ou valem-se de serviços de saúde que seguem orientações feministas. Apoio bolsa do CNPq.

 

2015 – 2019
A INTEGRAÇÃO DO CAMPO DA SAÚDE COM A REDE ESPECIALIZADA DE ATENDIMENTO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA NA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO

Descrição: investigar as conexões entre os serviços de saúde de atenção básica e os serviços especializados de atendimento às mulheres em situação de violência do município do Rio de Janeiro, especificamente no que se refere à região centro desta capital. Pesquisas revelam que o campo da saúde constitui porta de entrada privilegiada para as mulheres em situação de violência acessarem outros serviços especializados, todavia parte dos profissionais de saúde não está devidamente capacitada para lidar com a questão da violência. Para a investigação sobre a relação entre as unidades de saúde da atenção básica e as instituições de atendimento às mulheres em situação de violência serão realizadas observação participante e entrevistas semiestruturadas com profissionais e diretores/gerentes dos serviços. Apoio bolsa do CNPq.

 

2016 – 2020
SOFRIMENTO MENTAL E GÊNERO: O CUIDADO AOS HOMENS NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Descrição: Nessa pesquisa, pretende-se abordar os estudos sobre Homens, Masculinidades e Saúde, que seguem o referencial de gênero como categoria de análise, para obter maiores conhecimentos sobre os homens com demandas relacionadas à saúde mental e sobre como os serviços de saúde têm lidado com queixas referentes ao sofrimento mental masculino, já que os padrões da masculinidade hegemônica dificultam o acesso a cuidados em saúde mental. Por isso, pretende-se analisar como a rede de atenção psicossocial do DF acolhe os homens com sofrimento mental, que resposta oferta e que projeto assistencial comum desenvolve em articulação com os serviços de saúde da região. As técnicas utilizadas para a coleta de informações serão observação participante nos serviços da RAPS e entrevistas semi-estruturadas com profissionais de saúde e usuários homens atendidos nos serviços da Rede de atenção psicossocial. Apoio bolsa do CNPq.

 

2017 – 2019
APRIMORANDO A RESPOSTA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM PAÍSES DE BAIXA E MÉDIA RENDA (Brasil e Territórios Ocupados da Palestina)
IMPROVING THE PRIMARY HEALTH CARE RESPONSE TO VIOLENCE AGAINST WOMEN IN LOW AND MIDDLE INCOME COUNTRIES – HERA 1 MRC/UK

Descrição: O objetivo geral desse projeto, que consiste de três fases, é desenvolver e testar a viabilidade de uma intervenção que melhore a resposta da atenção primaria à saúde à VCM no Brasil. Trata-se de pesquisa multicêntrica internacional que conta com a participação dos Territórios Ocupados da Palestina, coordenado pela Universidade de Bristol /UK com a cooperação da London School of Hygiene and Tropical Medicine/UK. A intervenção é baseada no modelo IRIS, do Reino Unido e no modelo do CONFAD, do Brasil/São Paulo. Os objetivos específicos são: (1) entender as percepções de profissionais da saúde, gestores do sistema de saúde, mulheres e de profissionais especializados em VCM sobre a identificação, apoio/cuidado e encaminhamento das pacientes que passam por situações de violência por parte do marido ou outro adulto da família; e identificar barreiras e facilitadores individuais e sistêmicos para integrar a intervenção em situações de VCM no contexto da saúde primária (avaliar prontidão); (2) Alcançar um consenso entre serviços especializados em VCM, profissionais da saúde, gestores e usuários sobre um modelo de intervenção que inclua apoio ao treinamento e referenciamento dirigido a unidades básicas de saúde em SP no Brasil e serviços de APS nos TPO; (3) testar a viabilidade e aceitação da intervenção numa fase piloto e fazer a avaliação do processo. A metodologia incluirá fontes mistas de dados. Projeto financiado pelo Medical Research Council (MRC)- London/ UK e apoio bolsa do CNPq.

 

2018 – 2021
FORTALECENDO O CUIDADO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NAS AÇÕES DE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SÃO PAULO
(HERA-2 NIHR global health research group on health systems responses to violence against women )

Este estudo é parte de uma pesquisa internacional voltado a intervenções para violência doméstica contra a mulher em serviços de saúde sexual e reprodutivo. Sob a coordenação da Universidade de Bristol, participam pesquisadores do Brasil, Palestina, Sri Lanka e Nepal. No Brasil, busca implementar uma intervenção alinhada às políticas em curso para violência contra a mulher em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e avaliar: mudanças na identificação, acolhimento e referenciamento de casos de violência contra a mulher; e mudanças na saúde sexual e reprodutiva e nas experiências de violência das mulheres identificadas nos serviços. A pesquisa é na modalidade intervenção, seguindo a linha de ensaio clínico comunitário e se vale de métodos mistos: observação participante e estudo documental, além de aplicação de questionários (PIM) com os profissionais; intervenção (treinamento e supervisão), acompanhando as discussões através de observação participante e registro em caderno de campo, seguido de entrevistas em profundidade e questionários aos profissionais e mulheres de forma seriada por um ano, com análise das mudanças ocorridas. Projeto financiado pelo NIHR do Reino Unido e é a continuidade do primeiro projeto, em cooperação com Bristol, o Hera 1 e apoio bolsa do CNPq.