Imagens de satélite brasileiro têm maior eficácia para a análise de dados remota, segundo estudo

Artigo de Felipe Pacheco Silva analisa a precisão dos dados de ambos os serviços

O pesquisador de pós-doutorado do GeoInfraUSP Felipe Pacheco Silva participou do XXI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Felipe apresentou seu artigo “Comparação do desempenho das imagens Landsat 8 e CBERS 4A na classificação de uso e cobertura do solo em trecho ferroviário” no evento, que ocorreu em Salvador de 13 a 16 de abril.

O sensoriamento remoto é uma ferramenta de análise geomorfológica para análise da superfície da Terra que pode ter diversas aplicações — dentre elas, o acompanhamento do status de deslizamentos de taludes ou infraestruturas sem a necessidade de estar em campo.

O artigo de Felipe, elaborado com a participação de outros pesquisadores também, buscou analisar a diferença entre as imagens de dois satélites com relação à eficiência delas para a identificação de elementos do solo. São elas as do Landsat 8, disponibilizadas pelo serviço geológico dos Estados Unidos, e as do sino-brasileiro CBERS 4A, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O artigo aponta que os dados obtidos a partir do CBERS obtiveram uma maior acurácia na identificação da cobertura do solo. Isso porque a resolução de imagem dele é superior àquela do Landsat.

Apesar da maior qualidade obtida pelo CBERS, Felipe comenta que nem sempre ele é o mais adequado: para situações em que o período da análise é mais antigo, por exemplo, o Landsat é a melhor opção, já que seus dados estão disponíveis desde o ano de 1972. “Agora, se você prefere algo mais preciso e não importa essa análise temporal, você pode escolher o CBERS porque vai ter uma melhor resolução espacial, mas não temporal”, completa ele.

* Imagem de capa: Acervo Pessoal/Felipe Pacheco Silva

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