Hematologia

Esta especialidade não terá mais vagas para agendamento a partir da fila de espera.

Todos os casos deverão ser encaminhados para avaliação da Regulação, desde que preencham os critérios do protocolo estabelecido, inclusive em relação aos exames complementares requeridos.

PROTOCOLO DE ENCAMINHAMENTO AO REGULADOR NA ESPECIALIDADE DE HEMATOLOGIA

Configuração no SIGA para envio ao Regulador:
Especialidade: HEMATOLOGIA
Procedimento: consulta médica em atenção especializada (cod: 0301010072)
OFERTA: Agenda Regulada – Reserva Técnica
SOLICITANTES: Unidades Básicas de Saúde
O médico da Unidade de Saúde para encaminhamento ao especialista do Ambulatório de Especialidade de referência deverá utilizar a Ficha de referência e Contra referência.

Informações necessárias na Ficha de referência contra referência e Campo” Justificativa” no SIGA Saúde:

Nome completo do paciente:
Idade:
N° Cartão do SUS:
N° Cadastro CROSS:
Hipótese diagnóstica:
Justificativa: dados clínicos e de história evolutiva (perdas crônicas, início agudo ou insidioso, histórico familiar, etc.), bem como laudo e data de todos os exames realizados pertinentes ao caso.
Medicamentos em uso:
CID:
Prioridade:

Orientações a serem seguidas segundo cada Patologia

1-Anemias em geral
Além dos dados clínicos já citados, faz-se necessário informar o resultado de exames subsidiários abaixo:
-Hemograma, ferro sérico, ferritina, reticulócitos.
1-nos casos de “achados” laboratoriais em exames de rotina, sem sinais clínicos ou sintomas associados, faz-se necessária à confirmação dos resultados, repetindo os mesmos com a urgência que o caso exigir.
2-nos casos de presença de sinais e sintomas específicos (pacientes descorados, petéquias, equimoses, gengivorragias, infecções de repetição, hepatoesplenomegalia, adenomegalias, etc.), além dos exames já citados, solicitamos informar o resultado dos exames abaixo:
-DHL
-PCR
3-Casos considerados emergenciais não devem ser enviados ao regulador, devendo ser encaminhados aos serviços de urgência/emergência locais.
4- Anemias diagnosticadas e tratadas como ferroprivas, que são refratárias, solicitamos informar o resultado de eletroforese de hemoglobinas.
5-Nos casos de anemias megaloblásticas, informar medicamentos em uso e o resultado dos seguintes exames:
-Dosagem de vitamina B12
-Dosagem de ácido fólico
6- A investigação de anemias em geral, tem especificidades de acordo com a faixa etária. Assim sendo, em crianças faz-se necessário afastar fatores nutricionais (erro alimentar), e anemias hemolíticas; nas mulheres jovens/adultas afastar alterações do ciclo menstrual (hemorragias, etc.), alterações endócrinas (hipotireoidismo) além de fatores nutricionais; no idoso afastar causas oncológicas (ginecológicas, urológicas, gastroenterológicas, pneumológicas, etc.), cardíacas, renais, uso de múltiplas drogas e nutricionais (vit. B12, ácido fólico).
7- Casos que cursam com anemia, associada a dores ósseas e fraturas patológicas solicitamos informar o resultado de exame de urina (avaliação de proteinúria/proteína de Bence Jones) e eletroforese de proteínas séricas (avaliação de pico monoclonal) para investigação de mieloma múltiplo. Uma vez alterados os exames em questão, encaminhar ao regulador na especialidade de Oncologia-Hematologia.

2-Poliglobulia
Essa patologia ocorre geralmente em situações de hipóxia, como tabagismo, doenças cardíacas e pulmonares.
-Encaminhar os seguintes casos:
a) Mulheres- hemoglobina > que 16,5
b) Homens- hemoglobina > que 18,5

3-Alterações de leucócitos
-Leucopenias: encaminhar pacientes com valores inferiores a 3500 leucócitos, quando devidamente confirmados.
-Leucocitose: encaminhar pacientes com leucócitos acima de 20.000, confirmado em 2 ª coleta com intervalo de 1 mês ou linfocitose acima de 4000 ou presença de células jovens.
-Neutrofilia: encaminhar casos com desvio à esquerda escalonado e presença de células jovens, confirmada em 2 hemogramas.
Eosinofilias: afastar quadros alérgicos e parasitoses, entre elas toxocaríase e esquistossomose. Se após tratamento da patologia de base houver persistência da eosinofilia, encaminhar ao serviço de Hematologia.
– Linfocitoses em hemograma, com valor absoluto > que 5.000/mm³, mantidas por mais de 6 semanas, devem ser encaminhadas para avaliação do regulador diretamente para a especialidade de Oncologia-Hematologia.

4-Plaquetose (Trombocitose)
Além dos dados clínicos já citados, faz-se necessário o acompanhamento dos casos, uma vez que as trombocitoses podem ser reativas (secundárias) às infecções e inflamações ou autônomas/clonais.
-Casos verificados em exames de rotina, sem sinais, sintomas ou histórico prévio de tromboses/embolias, devem ter confirmação diagnóstica antes do envio ao regulador, devendo-se realizar a contagem de plaquetas em 2 ocasiões diferentes com intervalo de 1 mês e contagens superiores a 600.000/mm³.
-Casos com histórico prévio de tromboses/ embolias, esplenectomizados, neoplasias, acompanhado de exame alterado (>600.000 plaquetas) devem ser encaminhados, mesmo sem a segunda coleta, porém esses dados devem ser informados ao regulador.

5-Plaquetopenia (Trombocitopenia)
-Pacientes assintomáticos, sem sinais, sintomas ou histórico de quadros hemorrágicos, devem ser encaminhados após contagem de plaquetas em 2 ocasiões diferentes, com intervalo de 1 mês e contagens inferiores a 100.000/mm³, observando-se a técnica de coleta e se há grumos plaquetários. Nesses casos o ideal é a coleta com citrato e não com EDTA.
Obs.: nesses casos é importante informar dados como histórico de alcoolismo, cirrose hepática, hepatites que cursam com esplenomegalia (uma vez que a mesma é responsável pelo sequestro plaquetário), quadros de hipertensão portal, infecções virais, uremia e uso de medicamentos como antiinflamatórios, anticonvulsivantes, diuréticos, etc.
-Pacientes com histórico de hemorragias apresentando Plaquetopenia devem ser encaminhados ao regulador, sem a necessidade do 2º exame confirmatório, entretanto faz-se necessário informar os dados já citados acima, bem como o descritivo de frequência e localização dos quadros hemorrágicos.
-Pacientes com quadros hemorrágicos severos devem ser encaminhados aos serviços de urgência/emergência de referência.

6-Bi e pancitopenias
– Desde que confirmados em 2ª coleta, encaminhar ao regulador, para a especialidade de Hematologia.

7-Coagulopatias
-Quadros de tromboses em pacientes jovens devem ser encaminhados para avaliação.
-Quadros de tromboses em idosos ou pacientes com doenças de base como cardíacos, tabagistas, obesos, diabético deve ser acompanhado com o clínico e quando necessário com o angiologista.

8-Adenomegalias a esclarecer
Além de todos os exames já citados neste protocolo (hemograma, plaquetas, DHL, PCR), faz-se necessária a exclusão de patologias infecto contagiosas como mononucleose, toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola, tuberculose, etc., que cursam com adenomegalias. Uma vez descartadas as patologias infecto contagiosas, informar o regulador que os exames foram realizados e apresentam-se dentro dos limites da normalidade e encaminhar ao hematologista, através da regulação, informando o resultado da USG da região.

atualizado em 05/2019