Segregação da mulher na ciência dificulta construção do conhecimento

Mulher na ciência

Integrantes de uma listagem de 250 pesquisadoras que se destacam no cenário científico nacional produzida pelo projeto Open Box da Ciência, as professoras da USP Ribeirão Preto Elaine Del Bel e Carla Ventura têm em comum o propósito de motivar suas alunas a seguirem na carreira científica. Na segunda parte da entrevista ao USP Analisa, elas falam das pesquisas que realizam, do reconhecimento obtido por esse trabalho e do que falta na ciência nacional para que mais mulheres queiram integrar esse universo.

Elaine destaca que uma política específica de cotas femininas e um maior incentivo à liderança feminina poderiam trazer bons resultados. “Aprendi que ter cotas não significa que vão te colocar lá como um favor. É uma cota considerando o mérito da pessoa. Porque muitas vezes as mulheres estão ali [concorrendo] com os homens, mas existe uma preferência [por eles]. Por que não existir cotas [para mulheres] e por que não criar essa discussão, de tudo o que a mulher pode conseguir, de tudo o que ela pode ser, de aprender a ser uma líder e aprender a assumir posições de liderança?”, diz ela, que integra o quadro de docentes da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto.

“Eu acho que é importante primeiro a gente reconhecer que ainda existem essas desigualdades com relação à participação da mulher, e buscar meios, estratégias, que nós possamos ter espaços de discussão e que a gente consiga chegar a soluções conjuntas para lidar com essa questão. Mas se a gente não falar sobre isso, fica difícil. Quanto mais a gente segrega a mulher, mais difícil vai ficar essa diversidade na construção do conhecimento de uma forma geral”, afirma Carla, que é professora na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto.

A entrevista vai ao ar nesta quarta (6), a partir das 18h05, com reapresentação no domingo (10), a partir das 11h30. O programa também pode ser ouvido pelas plataformas de streaming iTunes e Spotify. O USP Analisa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto.

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