Mesa Redonda: Terapia Comportamental – Papel do Terapeuta

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Dra. Andréia Schmidt (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP-RP)
Mediadora

Vera Regina Lignelli Otero (Clínica ORTEC – Ribeirão Preto)
“Características” pessoais e história de vida do profissional: variáveis significativas na condução de um processo terapêutico
As intervenções clínicas analítico-comportamentais são fundamentadas nos princípios da Análise do Comportamento advindos dos laboratórios de pesquisa básica e, também, em dados obtidos nos estudos que analisam o próprio processo terapêutico, especialmente a relação terapêutica.  Essa, é antes de tudo uma relação pessoal. Trata-se do cliente, como pessoa, interagindo com a pessoa do profissional.
O objetivo desta apresentação é examinar as possíveis interferências de variáveis ligadas à pessoa do profissional na condução do processo terapêutico do seu cliente. Compõem esse conjunto de variáveis, dentre outras, diferentes pontos da história de aprendizagem do terapeuta, tais como: a) características de sua família de origem com suas práticas educativas reforçadoras ou punitivas, controles flexíveis ou rigorosos, exercício da autoridade, etc.; b) etnia; c) religião; d) valores ético-morais; e) ocorrência de fatos ou circunstâncias pessoais ‘marcantes’ positiva ou negativamente, etc. O objetivo central é enfatizar a relevância de que o terapeuta considere que, ao lado de toda sua fundamental formação teórico-prática, ele, ‘como pessoa’, está contido nas suas intervenções e constitui-se uma variável significativa na condução dos processos terapêuticos que conduz.

Dra. Maria Martha Costa Hübner (Hospital Universitário da Universidade de São Paulo)
Terapia Comportamental Infantil: papel do terapeuta
O terapeuta comportamental infantil tem múltiplos papéis, na medida que atende à criança e seus pais, com objetivos muitas vezes diversos entre si. Com a criança, a relação terapêutica deve se estabelecer diretamente , tornando- se o terapeuta a audiência não punitiva necessária para que novas habilidades possam ser modeladas e comportamentos disfuncionais possam ser reduzidos. Já com os pais o objetivo principal é orientá- los no manejo comportamental de seus filhos, podendo haver, muitas vezes, conflitos  entre as orientações comportamentais do terapeuta e as crenças , hábitos e valores dos pais. Por vezes, é necessário modelarmos comportamentos dos pais na própria sessão com a criança, convidando pais a participarem da mesma. Uma das questões desafiadoras do atendimento infantil, nesse aspecto, é o estabelecimento do vínculo terapêutico com os pais, que nem sempre são atendidos tão assiduamente quanto a criança e , consequentemente, serem apenas indiretamente trabalhados. A partir de 30 anos de experiência clínica, os casos de maior sucesso são justamente aqueles em que há um trabalho de equipe entre os pais, a criança e o terapeuta. Mas alternativas de atendimento quando tais condições ideiais não podem ser alcançadas serão também discutidas.

Dra. Maria de Jesus Dutra dos Reis (Universidade Federal de São Carlos)
Em breve  mais informações!