O LabArteMídia — Laboratório de Arte, Mídia e Tecnologias Digitais, liderado pelo Prof. Dr. Almir Almas — foi convidado para participar do projeto “Carnaval 4.0” ao lado da Rosas de Ouro e de uma rede de universidades: conta com a Universidade de São Paulo (USP), Centro Universitário FEI, Instituto MAUÁ de Tecnologia e participação da UFABC. A parceria em projetos de Arte & Tecnologia tem como objetivo a criação de experiências para o Carnaval 2020 da Escola de Samba, com o enredo “Tempos Modernos”.
O Desfile das Escolas de Samba para o Carnaval Paulista acontece nos dias 22 e 23 de fevereiro de 2020 no Sambódromo do Anhembi. Seu público poderá experienciar o desfile através de diversos dispositivos tecnológicos.
O LabArteMídia apresentará soluções de Arte & Tecnologia, Alegorias Digitais com Realidade Aumentada, captação de vídeo 360° do desfile, além de experiências em VR e um making of dessas ações. Tem os apoios tecnológicos da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), da Universidade de São Paulo, da Jandig (comunidade Open Source de arte em realidade aumentada), da Inclusiva (inclusão Sociodigital), e da Imago (soluções em vídeo 360°).
Em reportagem do site UOL, o Prof. Almir Almas fala sobre o pensamento que guia a intervenção do LabArteMídia no desfile:
“Vamos unir a ciência da academia com a ciência popular. Esse desfile será uma resposta incrível para o que estamos vivendo. Essa época na qual a cultura e a pesquisa estão tão esquecidas e desvalorizadas”
O LabArteMídia, do CTR/ECA/USP, conta com apoio da Reitoria da USP, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, da Pró-Reitoria de Pesquisa, da Diretoria da Escola de Comunicações e Artes e da Escola Politécnica.
O Projeto “Carnaval 4.0”, é formado por uma rede de universidades, empresas e artistas, em parceria com a Escola de Samba Rosas de Ouro. “Tempos Modernos” é o samba-enredo deste ano, criado por André Machado.
Confira a letra:
Eu sei que o tempo voa, e vai voar Eterna como a rosa, assim será A nossa relação, não importa a geração Renascerá Sou eu, coração de aço A cada passo, pronto pra sonhar Meu mundo desfaço Feito criança, vou sorrir ou chorar Saudade do abraço amigo Não consigo entender Quem sabe, nas folhas do livro Encontro o motivo, a luz do saber O que será, será Quero viver, pra ver Como vai ser o meu destino Se o meu futuro não é o mesmo de um menino Das mais belas mãos Revoluções a nos guiar A inovação vem dessas mentes O que esperar? Dona ciência, por favor, não leve a mal Chegou a hora de rasgar o manual Quero ver minha roseira passar É tempo de amar, é tempo de amar Aprender, ensinar Conectar as emoções, unir os corações
Em matéria de 19 de fevereiro de 2020, a Revista Forbes descreve as tecnologias que a rede de universidades traz para o evento. Diz a reportagem:
“A realidade aumentada é um dos recursos usados para surpreender os espectadores. Marcadores virtuais para celular vão permitir que o público acompanhe os voleios de uma bailarina. Um aplicativo, disponível para iOS e Android, possibilitará ampliar os detalhes dos cinco carros alegóricos que entrarão na avenida. Além disso, as pessoas que tiverem baixado o app poderão, por meio de um QR Code, conferir um sexto veículo – projetado apenas virtualmente. O ROXP4 (foto), o robô-mascote do samba enredo, encarregado de cuidar de uma criança até ficar obsoleto, também ganhará vida graças à tecnologia.
No que diz respeito aos integrantes da escola, todas as alas – além da presidente da escola, Angelina Basílio, do carnavalesco e do mestre de bateria – serão monitorados em tempo real, por meio de uma pulseira inteligente, para a coleta de informações como batimentos cardíacos, calorias gastas, passos e distância percorrida. Esses dados, processados em nuvem, serão confrontados com exames médicos dos foliões para estabelecer correlações de desempenho na avenida com o estado de saúde.
Para retratar a produtividade, etiquetas RFID (radiofrequência) foram instaladas nas fantasias, de maneira a rastrear quem entrou na avenida e saber o destino delas depois do desfile. Os dispositivos vão monitorar a performance de cada uma das 31 composições da escola ao longo dos 530 metros de comprimento durante os 65 minutos – tempo máximo permitido para cada escola – graças a quatro postos de captação de sinal instalados ao longo do percurso. O desempenho será retratado em um dashboard, por meio de cores – verde, amarelo e vermelho. No caso de um atraso em uma das alas, por exemplo, o painel vai sinalizar, permitindo que a escola corrija possíveis problemas em tempo real.
Cerca de uma dezena de integrantes, incluindo o mestre-sala, receberão coletes equipados com dispositivos GPS que permitirão comparar suas performances com a de atletas de alto desempenho. ‘Embora o circuito tenha pouco mais de 500 metros, os integrantes da escola andam mais de dois quilômetros ao longo do desfile’, explica Costa.
O professor diz que a ideia é que o trabalho feito para a escola em 2020 perdure além do desfile. A tecnologia RFID, por exemplo, vai permitir saber quantas fantasias foram devolvidas – informação importante para o posterior trabalho de reciclagem, que alimenta a economia circular.”
O projeto “Carnaval 4.0”, ao lado da Rosas de Ouro, também recebeu atenção de diversos veículos internacionais, como o The New York Times (Estados Unidos), o Daily Mail (Reino Unido), News 24 (França), NiusGeek (Espanha) e India News (Índia).