MORFOLOGIA CRANIANA – LAPA DO SANTO
A relação de ancestralidade entre os grupos humanos que ocuparam a região de Lagoa Santa durante o Holoceno Inicial e os atuais nativos americanos é tema de longa controvérsia. Até o recente advento da arqueogenética, a possibilidade de extração e análise do DNA de ossos antigos, inferências sobre relações de ancestralidade eram feitas a partir da comparação anatômica de traços fenotípicos. Particularmente, estudos da morfologia craniana foram centrais nesse debate na medida em que alguns antropólogos sugerem que existe uma diferença marcante entre a morfologia dos grupos antigos e recentes, o que refletiria a chegada ao continente americano de duas populações distintas. Estudos craniométricos de indivíduos da Lapa do Santo indicam que eles apresentam morfologia semelhante aos demais esqueletos da região de Lagoa Santa. Também foram realizadas análises de traço métricos de dente com o material da Lapa do Santo.
Renderizações tri-dimensionais de crânios da Lapa do Santo com base em tomografia médica.
Dispersão no morfoespaço formado pelos dois primeiros componentes principais, baseada nos centroides dos crânios da Lapa do Santo e séries comparativas mundiais. Em cinza, destacam-se as variáveis que possuem correlações (r) maiores que 0,5, representando as variáveis que mais influenciam em cada um dos componentes principais ilustrados. Reproduzido de Neves et al., 2014.
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