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SEPULTAMENTO 21 – LAPA DO SANTO

SEPULTAMENTO 21 – LAPA DO SANTO

Localização Espacial e Estratigráfica

O Sepultamento 21 foi encontrado nas quadras L10 e L11. A foto apresentada na Figura 1 mostra a posição dele em relação aos demais sepultamentos encontrados no mesmo nível dessas quadras. A Figura 2 apresenta os CEQs correspondentes aos níveis que serão discutidos a seguir.  As cotas de abertura da quadra e desses níveis estão na Tabela 1.

De acordo com os CEQs, o Sepultamento 21 estava presente nos níveis 8 a 12. A FES indica que o topo desse sepultamento estava na cota de -0,533 e a base na cota de -0,762, o que está de acordo com os CEQs. Esses valores serão utilizados como cotas de topo e base desse sepultamento.

 

Tabela 1. Cotas verticais iniciais (z)
Quadra Nível NW NE SE SW
L10 1 0,160 0,169 0,310 0,250
L10 8 -0,250 -0,300 -0,205 -0,206
L10 9 -0,406 -0,383 -0,280 -0,279
L10 10 -0,486 -0,525 -0,399 -0,368
L10 11 -0,636 -0,629 -0,548 -0,571
L11 1 -0,019 -0,073 0,169 0,160
L11 8 -0,357 -0,350 -0,300 -0,250
L11 9 -0,491 -0,457 -0,383 -0,406
L11 10 -0,598 -0,545 -0,486 -0,525
L11 11 -0,703 -0,639 -0,584 -0,624

 

 

Figura 1 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Vista em planta dos sepultamentos presentes nas quadras L11 e L10 no mesmo nível que o Sepultamento 21.

 

Descrição do Sepultamento

O Sepultamento 21 é composto por um único indivíduo adulto do sexo masculino. As Figuras 3 a 8 apresentam as fotos e os CESs de cada exposição. Todos os ossos estavam presentes e em plena conexão anatômica, com exceção dos ossos da perna e do pé. A cova tinha forma circular com cerca de 55 centímetros de diâmetro. O corpo encontrava-se numa posição intermediária entre sentado e decúbito lateral esquerdo, com a espinha dorsal intensamente arqueada para se conformar aos limites da cova. Sobre a cova, em contato direto com o esqueleto, havia cinco blocos de calcário. Desses, os dois maiores (ver Figura 9) estavam colocados diretamente sobre os ossos, muito provavelmente exercendo o papel de pesos para garantir que o cadáver se mantivesse dentro da cova.

 

Figura 2 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Croquis de escavação de quadra. Em vermelho, regiões onde foram encontrados ossos humanos. Em cinza, blocos de calcário. Em azul, regiões com sedimento diferenciado. Em preto, buracos. A letra T indica a cota do topo e a letra B, a cota da base dos blocos.

  

O crânio, cujo interior estava vazio, tinha a face totalmente voltada para baixo, posição que foi estabelecida com o auxílio de um bloco colocado diretamente sobre a nuca (Figura 9a). O peso do bloco levou à fragmentação do neurocrânio. Ainda que não seja possível ter certeza, não parece que este tenha sido um processo perimortem, mas sim que ocorreu após o enterramento. A mandíbula estava em oclusão com o crânio. Sob o crânio, encontravam-se as duas mãos, de maneira que o braço e o antebraço estavam fletidos. Os fêmures também estavam totalmente fletidos, com os joelhos próximos ao crânio e seu eixo longo verticalizado.

As tíbias, as fíbulas e os ossos dos pés não estavam em conexão anatômica com o resto do esqueleto. Eles estavam todos juntos, concentrados no canto sudeste da cova (ver elipse na Figura 3). Portanto, esses ossos estavam próximos à bacia e entre os dois fêmures (abaixo do fêmur direito e acima do fêmur esquerdo). As diáfises da tíbia e da fíbula foram removidas, de maneira que apenas as suas extremidades proximais e distais foram encontradas (Figuras 10 a 16). Apesar de esses ossos possuírem parte da diáfise e da metáfise, a título de simplificação eles serão chamados de “epífises”. O processo pelo qual as diáfises foram separadas das epífises imprimiu nessas últimas marcas de corte inconfundíveis, quer seja através da presença de diferentes tipos de incisões na superfície do osso, como na morfologia da própria superfície gerada pelo processo de secção. A seguir, essas feições serão descritas em detalhes.

Na epífise proximal da tíbia esquerda, estavam presentes dois chanfros com 7 e 9 milímetros de comprimento (Figura 17). O fato de esses chanfros estarem completamente acima (ie. proximal) da margem de corte e, ao mesmo tempo, paralelos a ela indica que eles resultaram de gestos que “erraram” a “linha mestra” segundo a qual a diáfise estava sendo seccionada. Essa linha mestra, por sua vez, está muito bem caracterizada por uma margem retilínea constituída por chanfros incompletos. Isto é, chanfros que só tiveram uma de suas margens preservada, pois a outra fazia parte da margem da própria superfície seccionada. Além dos chanfros, foi identificado um conjunto de incisões muito finas posicionadas de forma oblíqua ao eixo longo do osso. Essas incisões não são do mesmo tipo daquelas comumente descritas nos ossos do sítio. Elas são particularmente finas, tendo o aspecto de um leve risco no osso. A morfologia do canal, conforme aferida pela MEV, também é distinta, apresentando uma forma de “V” muito aberto. Além disso, essas incisões superfinas estão exatamente na mesma região em que os dois chanfros descritos acima estão localizados, de maneira que os dois tipos de incisões se sobrepõem, permitindo observar que os chanfros interceptam as incisões finas (ou seja, foram feitos posteriormente).

Na epífise distal da tíbia direita também é possível observar que a margem da superfície seccionada apresenta uma morfologia chanfrada. Entretanto, nenhum chanfro completo foi observado. O mesmo é válido para a epífise distal da fíbula direita. Entretanto, em ambos os ossos o mesmo padrão é observado, no qual apenas a margem medial, no caso da tíbia, e a margem lateral, no caso da fíbula, apresentam a dita morfologia chanfrada (Figura 18 e 19). Nas outras margens, a superfície do osso cortical encontra-se completamente preservada. A ausência da feição chanfrada, caracteristicamente associada ao processo de corte, na superfície lateral da tíbia e na superfície medial da fíbula, indica que essas regiões não foram “atingidas” pelo instrumento cortante. Ou seja, apenas as superfícies diretamente acessíveis (i.e. em contato mais direto com o exterior) foram cortadas, enquanto as superfícies mais envoltas em tecidos moles e protegidas por outros ossos não o foram. Na extremidade distal da perna, próximo à região onde a tíbia se articula com a fíbula, esses dois ossos ficam muito próximos um ao outro, tornando difícil o acesso a essa região. Obviamente, isso só seria possível caso esses ossos estivessem recobertos por tecidos moles e, portanto, o padrão observado é mais uma evidência de que, no momento da remoção da diáfise, esses ainda estavam presentes. Além disso, no caso da margem lateral da epífise proximal da tíbia direita, existia uma fratura do tipo “galho verde”, reforçando o fato de que o osso ainda estava verde. Ou seja, inicialmente os ossos eram cortados nas partes em que eles estavam expostos ao exterior. Em seguida, quando a presença de tecidos moles impedia que o processo de corte prosseguisse, o osso era tensionado até quebrar, separando assim a epífise da diáfise.

Na epífise proximal da tíbia direita, a margem da superfície de corte é tipicamente chanfrada e retilínea. Assim como ocorreu no caso da tíbia esquerda, também existem chanfros completos e chanfros incompletos. Os chanfros incompletos são eles próprios parte constituinte da margem da superfície em que o osso foi cortado (indicados pelas setas vermelhas na Figuras 19). Os chanfros completos tinham cerca de meio milímetro de extensão e, invariavelmente, eram paralelos à margem da superfície de corte. Mais uma vez, parecem ser resultado de gestos que não conseguiram que o instrumento utilizado acertasse a “linha mestra” pela qual o osso estava sendo seccionado. Os chanfros concentram-se na parte medial e posterior da epífise, estando ausente da parte lateral. Esse padrão, provavelmente, é consequência de que, no momento do corte, a parede lateral da tíbia estava inacessível devido à presença da fíbula em sua posição anatômica. Além dos chanfros, nessa epífise estava presente uma única incisão com cerca de 3 centímetros de comprimento em posição oblíqua ao eixo maior do osso (Figura 19). Ao contrário das incisões descritas acima, essa é bastante característica no que se refere à sua espessura e morfologia.

Na epífise distal da tíbia direita, a margem da superfície seccionada também, se apresentava chanfrada, mas nenhum chanfro completo foi identificado fora dela. Por outro lado, foi observada uma depressão com 13 milímetros de extensão. Ainda que seja impossível descartar a possibilidade de se tratar de uma feição pós-deposicional, parece razoável supor que ela tenha sido gerada pelo mesmo tipo de impacto que gerou todos os chanfros completos descritos até aqui. Entretanto, como o osso cortical era extremamente fino na região onde se encontra essa depressão, o impacto acabou gerando essa feição, que é maior do que um chanfro “normal”, mas que apresenta uma morfologia similar. Além disso, no interior da depressão é possível observar que a superfície do fino osso cortical está preservada, o que seria compatível com um impacto no osso verde.

De forma análoga ao que foi descrito para a epífise distal da tíbia esquerda, a morfologia chanfrada restringe-se à parte medial da epífise. Na porção lateral, a superfície do osso cortical está totalmente preservada e existe um pequeno fragmento de osso (indicado pela seta azul na Figura 19d). O fato de a superfície seccionada da epífise distal da fíbula direita não ter se preservado torna impossível fazer uma análise tão rigorosa quanto à realizada para o membro esquerdo. Entretanto, justamente devido a esse precedente, parece razoável assumir que também no caso da epífise distal da tíbia direita a restrição da ação do instrumento de corte à região medial decorra da presença da fíbula no momento em que a diáfise foi removida da epífise.

Apesar de não estarem em conexão anatômica com o resto do esqueleto, diversos ossos do pé e as epífises distais da tíbia e da fíbula encontravam-se, grosso modo, articulados ou, pelo menos, apresentavam alguma lógica anatômica. Mais especificamente, os seguintes conjuntos de ossos estavam em total conexão anatômica (i.e. não apenas próximos, mas de fato articulados): a epífise distal da tíbia com a epífise distal da fíbula, os metatarsos do pé direito, os metatarsos do pé esquerdo, o navicular e os cuneiformes. Por outro lado, a posição relativa dos dois pés (incluindo aí as epífises distais da tíbia e da fíbula) não era anatomicamente coerente entre si. Até onde foi possível inferir pelas fotografias, o pé direito, que estava por baixo do pé esquerdo, tinha a sola voltada para cima, estava orientado paralelamente ao fêmur direito, com os dedos na direção do joelho e o calcanhar em direção à bacia. O pé esquerdo, por outro lado, estava orientado perpendicularmente ao pé direito, com a sola voltada para baixo.

 

Modo de Enterramento

O alto grau de articulação desse sepultamento não deixa dúvida de que o cadáver foi enterrado uma única vez e que a posição em que foi encontrado deve ser muito próxima à posição original do enterro. Menos clara é a sequência de eventos que levou à remoção das diáfises das fíbulas e das tíbias.

A primeira questão a ser respondida é se a remoção ocorreu logo após o falecimento desse indivíduo ou não. Essa questão é importante pois, caso a remoção tenha sido feita à época da morte, ela caracteriza um ritual “primário” com ênfase na manipulação do corpo. Por outro lado, caso a remoção tenha ocorrido muito tempo após o falecimento, ela passa a caracterizar uma secundarização. Diversos elementos atestam que essa remoção ocorreu próximo ao momento do falecimento. Em primeiro lugar, o alto grau de articulação dos elementos envolvidos (incluindo articulações lábeis) indica a presença de tecidos moles no momento da remoção. Ainda que a decomposição dos tecidos moles possa levar meses, o altíssimo grau de articulação parece mais compatível com um período postmortem curto. Em segundo lugar, muitos desses ossos encontravam-se abaixo do fêmur direito. Esse, por sua vez, está perfeitamente articulado na pélvis. Ora, se tivesse havido um evento em que a cova foi reaberta para a remoção das diáfises, seria impossível não deslocar o fêmur de sua posição original. Mesmo ignorando-se a posição dos ossos do pé, o alto grau de articulação do resto do esqueleto parece incompatível com algum processo de secundarização. Ao que parece, a simples movimentação inerente ao processo de remoção das diáfises teria de gerar algum tipo de distúrbio na posição dos demais ossos do esqueleto, especialmente quando se tem em conta que os tecidos moles estavam plenamente presentes no momento da remoção. Portanto, daqui em diante será assumido que a remoção foi feita à época do falecimento e que, uma vez enterrado, a cova não foi mais perturbada.

Outra questão a ser respondida é se a remoção foi restrita ao osso ou se ela levou ao desmembramento completo da perna e/ou do pé. Em outras palavras, se os tecidos moles nas regiões onde as diáfises foram removidas, notadamente as extremidades proximais e distais das pernas, foram também removidas ou não. Ou seja, é possível que apenas a diáfise do osso tivesse sido removida, tendo os músculos, os tendões e a pele permanecido, garantindo assim a conexão entre as partes. Com relação à extremidade proximal da perna, as evidências são contraditórias. Caso os tecidos moles não tivessem sido cortados e, portanto, a perna tivesse se mantido conectada à coxa através deles, seria de se esperar que as epífises proximais das tíbias estivessem em conexão anatômica com as epífises distais do fêmur ou, pelo menos, próximas a elas. Entretanto, ambas as epífises proximais da tíbia estão juntas aos ossos do pé, fora da posição esperada (i.e. anatômica). Por outro lado, caso a remoção da diáfise tivesse sido acompanhada do desmembramento da coxa e das pernas, teria de ser observada uma profusão de marcas de corte na região distal do fêmur, particularmente nos côndilos, e nas porções laterais e mediais das epífises proximais da tíbia. Entretanto, nem sequer uma única marca de corte foi observada nessas regiões. Além disso, as patelas estavam em conexão anatômica. Parece muito difícil imaginar um quadro em que se proceda à separação da perna da coxa mantendo-se as patelas articuladas.

Apesar da posição das epífises proximais da tíbia e da fíbula atestar contra, adoto a hipótese segundo a qual a coxa e a perna não foram desmembradas. Ou seja, a secção foi restrita ao osso, de maneira que os tecidos moles remanescentes garantiram a conexão entre as partes. Sob essa ótica, a posição incompatível das epífises proximais das tíbias e das fíbulas seria fruto de movimentações pós-deposicionais devido à ação conjunta da decomposição dos tecidos e da gravidade. Segundo essa lógica, no momento do enterro as epífises proximais estavam devidamente articuladas com os fêmures. Posteriormente, após a decomposição dos tecidos moles, as epífises “caíram”. Isso é mais plausível do que pode inicialmente parecer quando se leva em consideração que as coxas (i.e. os fêmures) estavam numa posição verticalizada. Portanto, o joelho encontra-se numa das posições mais altas dentro da cova e, portanto, mais sujeita à ação da gravidade. Devido à ausência da diáfise, após a decomposição dos tecidos moles as epífises caíram no fundo da cova, onde já se encontravam as partes distais da perna e os pés.

De forma análoga, é importante determinar se o conjunto formado pelos ossos do pé e pelas epífises distais das tíbias e das fíbulas, que estavam indubitavelmente articulados entre si, foi desmembrado da perna ou não. Novamente, o corte das porções distais das diáfises das tíbias e das fíbulas não implica necessariamente desmembramento, já que a presença de tecidos moles poderia garantir a conexão entre as partes. Mais do que isso, a presença dos tecidos moles geraria um constrangimento anatômico, ainda que menos rigoroso do que no caso de um esqueleto completo, para o posicionamento do conjunto de ossos em questão dentro da cova. Tendo-se em vista a posição desse esqueleto em decúbito lateral e as diminutas dimensões da cova, uma posição anatômica possível para as pernas seria hiperfletida, com os pés juntos à bacia. Ora, os ossos do pé estão justamente próximos à bacia e, portanto, sua posição é compatível com aquilo que seria uma posição anatômica muito provável caso as diáfises não tivessem sido removidas. A sugestão é que a posição dos ossos do pé próximos à bacia não é fruto do acaso, mas sim que ela foi condicionada pela presença dos tecidos moles que ainda ligavam os ossos do pé ao resto do corpo. Ou seja, a opinião adotada neste trabalho é que, da mesma forma que ocorreu na relação entre perna e coxa, não houve desmembramento do pé e da perna. Apesar da diáfise ter sido seccionada, os tecidos moles mantiveram a conexão entre as partes.

Ainda assim, para a relação entre pé e perna, é preciso que se reconheça que o argumento é circunstancial. Afinal, a posição dos ossos do pé, que segundo a ótica exposta acima foi determinada pela permanência dos músculos e tendões, poderia perfeitamente ter sido estabelecida num quadro de total separação (i.e. desmembramento) do pé e da perna. Neste caso, o fato de os pés estarem na posição que seria esperada do ponto de vista anatômico (assumindo-se membros inferiores hiperfletidos) seria fruto da ação, intencional ou não, dos agentes responsáveis pelo enterro. Ou seja, com os pés totalmente separados em mãos, eles poderiam tê-los colocado em qualquer lugar da cova (ex. sob a cabeça, sobre a cabeça, embaixo do tórax, por cima do tórax etc.). Entretanto, é difícil imaginar que, depois de terem cortado ambos os pés, os responsáveis pelo enterro se prestariam a colocá-los exatamente na posição em que seria esperada do ponto de vista anatômico. Além disso, os pés estavam localizados entre os dois fêmures: parece pouco provável que, ao colocar os pés na cova, eles fossem levantar as pernas do falecido para colocar os pés entre as suas coxas.

 

Figura 3 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Foto da exposição 1 e seu respectivo croqui. Em cinza, os blocos que recobriam a cova. A elipse preta indica a região da cova onde foram encontrados os ossos da tíbia, da fíbula e do pé.

 

Figura 4 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Foto da exposição 2. Croqui não efetuado.

 

Figura 5 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Foto da exposição 3 e seu respectivo croqui.

 

Figura 6 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Foto da exposição 4 e seu respectivo croqui.

 

Figura 7 – Sepultamento 21. Croquis das exposições 5 e 6. Fotos comprometidas por razões técnicas.

 

Figura 8 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Croqui da exposição 7. Foto comprometida por razões técnicas.

 

Figura 9 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Fotos de campo. a) reparar nos blocos de calcário que foram colocados sobre o corpo. Sob o bloco maior, junto ao fêmur, é possível observar a epífise proximal amputada da tíbia direita (seta preta). Ao lado, na extremidade direita da cova, estão os ossos do pé e tornozelo; b) detalhe da parte superior do crânio, sobre cuja nuca foi colocado um bloco; c) detalhe do fêmur esquerdo e a respectiva patela (o peso do bloco levou à fragmentação da parte distal); d) detalhe da articulação da escápula e úmero direito.

 

Figura 10 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Detalhe da região onde foram encontrados os ossos do pé e as extremidades amputadas. A sequência de “a” até “f” mostra exposições consecutivas. A identificação dos ossos foi feita a partir das próprias fotografias.

 

Figura 11 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Extremidade proximal da tíbia direita que foi cortada. Da esquerda para a direita, vista anterior, medial, posterior e lateral.

 

Figura 12 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Extremidade distal da tíbia direita que foi cortada. Da esquerda para a direita, vista anterior, medial, posterior e lateral.

 

Figura 13 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Extremidade proximal da tíbia esquerda que foi cortada. Da esquerda para a direita, vista anterior, medial, posterior e lateral.

 

Figura 14 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Extremidade distal da tíbia esquerda que foi cortada. Da esquerda para a direita, vista anterior, lateral, posterior e medial.

 

Figura 15 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Extremidade proximal e distal da fíbula direita. Apesar de ter sido cortada, a superfície em que o corte ocorreu não foi preservada. Da esquerda para a direita, vista anterior da extremidade proximal, vista posterior da extremidade proximal, vista medial da extremidade distal, vista lateral da extremidade distal.

 

Figura 16 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Extremidades da fíbula esquerda que foi cortada. Da esquerda para a direita, vista anterior da extremidade proximal, vista posterior da extremidade proximal, vista medial da extremidade distal, vista lateral da extremidade distal.

 

Figura 17 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Parte posterior da extremidade proximal da tíbia esquerda. Detalhe para os dois tipos de incisões presentes no osso. Na imagem da direita, as incisões estão indicadas pelas linhas pretas e pelas áreas vermelhas. As setas pretas indicam os dois chanfros que são “completos”, ou seja, possuem as duas margens. As setas vermelhas indicam os chanfros “incompletos”, ou seja, aqueles cuja uma das margens faz parte da margem da própria superfície gerada pelo seccionamento da diáfise.

 

Figura E1 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. MEV da extremidade proximal da tíbia esquerda.

 

Figura E1 – Lapa do Santo Sepultamento 21. MEV da extremidade proximal da tíbia esquerda (continuação).

 

Figura E1 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. MEV da extremidade proximal da tíbia esquerda (continuação).

 

Figura 18 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Extremidades distais da tíbia e da fíbula esquerdas. No centro, vista anterior da tíbia e da fíbula articuladas. a) e b) vistas medial e lateral, respectivamente, da superfície cortical na margem da região em que a tíbia esquerda foi cortada; c) e d) vistas medial e lateral, respectivamente, da superfície cortical na margem da região em que a tíbia esquerda foi cortada. Reparar que em “a)” e em “d)”, a superfície cortical apresenta chanfros e é caracteristicamente biselada e escalonada. Em “b)” e em “c)” as superfícies são lisas e, no caso de b), ainda é possível observar uma fratura que possivelmente é do tipo “greenstick”.

 

Figura 19 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Tíbia direita. a) incisão na parte posterior da metáfise proximal; b) e c) margem medial e posterior, respectivamente, da superfície cortada da epífise proximal, reparar que alguns chanfros se encontram totalmente fora da margem de corte (seta preta), enquanto outros fazem parte dela (seta vermelha); d) margem lateral da superfície cortada na epífise distal, reparar na depressão indicada pela seta preta e no osso fragmentado indicado pela seta azul; e) detalhe da depressão indicada na foto anterior, reparar que na parte interna é possível observar a superfície do osso cortical preservada; f) margem medial da superfície cortada da epífise distal, reparar nos chanfros que constituem essa margem (indicados pelas setas vermelhas) e na ausência de regiões fragmentadas.

 

Figura E2 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. MEV da extremidade proximal da tíbia direita. a),b),c),d) detalhe da superfície biselada.

 

Figura 20 – Lapa do Santo. Sepultamento 21. Vista do crânio em norma frontal, posterior, lateral direita, lateral esquerda, superior e inferior.