O Laboratório de Processos de Subjetivação em Saúde – LaProSuS está ligado a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo – USP no campus de Ribeirão Preto.
O grupo é coordenado pela professora doutora Carmen Lúcia Cardoso.
Atualmente, o grupo de pesquisa se reúne quinzenalmente, onde são discutidos os projetos de pesquisas e as produções dos participantes ligados aos programas de mestrado e doutorado da USP.
Além disso, o grupo realiza as leituras de textos teóricos, metodológicos e filosóficos que servem de base e fundamental para o desenvolvimento das pesquisas em andamento.
Em seus trabalhos, o grupo trabalha com um formato de parceria mútua, onde cada pesquisador, na singularidade do seu trabalho, recebe as contribuições e observações dos demais participantes.
Esta colaboração mútua perpassa todo o percurso de pesquisa, envolvendo construção de projetos de pesquisas, estudos e discussões em grupo, leituras conjuntas, submissão ao comitê de ética, solicitação de bolsas e discussão de dados.
Além disso, o LAPROSUS colabora com a construção e organização de eventos científicos no âmbito do Programa de Pós Graduação em Psicologia da USP e também na organização do Encontro Anual do Grupo Comunitário de Saúde Mental.
O LAPROSUS se orienta pelo paradigma de investigação científica qualitativo, encontrando no método fenomenológico proposto por Edmund Husserl e na análise temática de Braun e Clarke, fundamentos necessários a realização de pesquisas no âmbito da saúde e da saúde mental.
A linha organizadora de pesquisa do grupo são as “Práticas em Saúde e Atenção Psicossocial”, dividindo-se em três vertentes:
A primeira busca compreender a construção do saber/fazer na atenção básica à saúde a partir de seus múltiplos atores: gestores, profissionais e comunidade usuária. Envolvendo aprofundamentos e compreensões acerca da reforma sanitária brasileira, do sistema único de saúde, da atenção primária à saúde, bem como os efeitos da reforma psiquiátrica e os serviços substitutivos em saúde mental. Nessa vertente, a saúde é considerada como processo, sendo analisado o cuidado de base territorial e suas implicações para a promoção de saúde e prevenção aos agravos.
A segunda vertente busca descrever, analisar e avaliar novas práticas comunitárias em saúde mental, como os grupos e encontros comunitários de saúde mental que nasceu em 1997 no hospital dia do hospital das clínicas da faculdade de medicina da universidade de São Paulo e na atualidade, além de formar coordenadores para o trabalho grupal, tem se revelado como uma prática inovadora no campo da saúde mental.
Na terceira vertente de interesse investigativo do LaProSUS aparece o interesse em compreender experiências de usuários, familiares e profissionais da saúde no processo de saúde doença.
Na Atualidade, O LaProSUS é composto por diferentes participantes, oriundos de diferentes partes do país e vinculados à USP através de suas pesquisas, abrindo espaços de participação para pesquisadores de outras universidades através de encontros de discussão, workshops e outras práticas de produção do conhecimento científico.