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Projeto MIRA-TB apresenta avanços promissores para o SUS na Semana CT&I-SUS

O pesquisador principal do projeto “Implementação de tecnologias para o rastreamento e adesão ao tratamento da Tuberculose infecção ou doença entre Migrantes Internacionais, Refugiados e Apátridas no Brasil (Projeto MIRA-TB)”, Prof. Dr. Ricardo Arcêncio, foi um dos convidados para apresentar os resultados parciais do projeto MIRA-TB, na Semana da Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS (CT&I-SUS), que ocorreu entre os dias 02 e 05 de junho em Brasília-DF.

O evento, promovido pelo Ministério da Saúde (MS) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), teve como objetivo apresentar o andamento de projetos estratégicos voltados à melhoria da saúde da população e ao fortalecimento das ações do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Projeto MIRA-TB foi contemplado na Chamada 29/2023, na área de adesão ao tratamento: Estudos operacionais e de implementação de tecnologias ou estratégias inovadoras para aperfeiçoar a adesão ao tratamento da ILTB, tuberculose sensível e/ou resistente às drogas. Atualmente, o projeto está sendo realizado em 5 cenários brasileiros, os municípios de Belém – PA, Boa Vista – RR, Brasília – DF, Foz do Iguaçu – PR e Ribeirão Preto – SP.

Legenda: Cenários do projeto MIRA-TB
Belém – PA, Boa Vista – RR, Brasília – DF,
Foz do Iguaçu – PR e Ribeirão Preto – SP.

Os resultados parciais do projeto demonstram que o número de pessoas diagnosticadas com tuberculose infecção (TBI) se difere entre os municípios, e esse dado pode estar relacionado a população que vem de países que apresentam alta carga da doença. Ao todo, foram rastreadas 298 pessoas para o diagnóstico de TBI e 107 (35,9%) pessoas apresentação reação da PT-PPD. Em Belém-PA o número de pessoas reatoras TBI foi de 63,4%, em Boa Vista-RR 32,4%; Brasília-DF 24,3%, Ribeirão Preto-SP 39,3%, enquanto em Foz do Iguaçu-PR esse número é de 13,0%.

Em relação a tuberculose doença (TBD), 10 (3,3%) pessoas foram diagnosticadas com TBD por meio de exames radiológicos, demonstrando a importância da TB subclínica. A distribuição desses casos foi de 60,0% em Boa Vista-RR, 30,0% em Brasília-DF e 10,0% em Ribeirão Preto-SP, ressaltando a necessidade de vigilância diferenciada conforme o contexto local.

Estes resultados demonstram a complexidade da tuberculose nesta população e ressalta a importância de estratégias específicas para cada região brasileira, considerando fatores epidemiológicos e sociais.

A próxima etapa da pesquisa está relacionada a implementação de tecnologias para adesão ao tratamento da TB, promovendo a integração das soluções ao Sistema Único de Saúde (SUS), além da continuidade do rastreamento e exames para o diagnóstico TB. Dessa forma, o projeto MIRA-TB contribui para o fortalecimento das políticas públicas de saúde e para a melhoria da qualidade de vida dessas populações vulnerabilizadas no Brasil. Ademias, a pesquisa colabora com as diretrizes do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose.

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Legenda: Prof. Dr. Ricardo Arcêncio apresentando o projeto “Implementação de tecnologias para o rastreamento e adesão ao tratamento da Tuberculose infecção ou doença entre Migrantes Internacionais, Refugiados e Apátridas no Brasil (Projeto MIRA-TB)” na Semana da Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS (CT&I-SUS), que ocorreu entre os dias 02 e 05 de junho em Brasília-DF.