O evento tem como objetivo discutir e avançar na implementação de abordagens de ciclo de vida ao longo das cadeias de valor dos negócios, apoiando a sustentabilidade ambiental, social e econômica.

Nos dias 5, 6, 7 e 8 de setembro ocorreu em Lille, cidade da França, a 11ª edição da conferência Life Cycle Management (LCM), um evento o qual acontece a cada dois anos. O objetivo dele é trazer pessoas ao redor do mundo, desde alunos à especialistas no assunto, para discutir assuntos e ações sustentáveis nas áreas ambiental, econômica e social. Além disso, buscam-se encontrar soluções práticas e estratégicas dentro destas áreas que possam ser implementados nas áreas da ciência, indústria, ONGs e instituições públicas para os próximos anos. A conferência este ano contou com aproximadamente 900 participantes divididos em 45% de empresas, 40% de universidades e institutos de pesquisa e 15% de ONGs e outros locais. Cerca de 42 países e 525 organizações participaram do evento, sendo que 78% são países fora da França. Ainda dentro do evento houve 226 plataformas de apresentação e 400 pôsteres de trabalhos científicos. Diversos tipos de apresentações foram realizados por meio de uma programação constituída de palestras, apresentações orais e sessões de pôsteres, nos quais foram apresentadas pesquisas promissoras.
Dentre estas pessoas, está a pesquisadora de pós-doutorado Tatiane Tobias da Cruz, supervisionada pelo professor Valdeir Arantes, a qual marcou presença no evento apresentando o tema de sua pesquisa: Avaliação prospectiva do ciclo de vida de nanocristais de celulose por via enzimática. O intuito da pesquisa é avaliar as implicações ambientais da produção de nanocristais de celulose via rota enzimática visando encontrar maneiras de reduzir o impacto ambiental do processo, ainda em baixo nível de maturidade tecnológica.
A seguir, a pesquisadora dá o seu relato de como foi sua experiência nestes dias: “Foi uma experiência incrível poder compartilhar o conhecimento com os pesquisadores mais renomados do mundo em minha área de pesquisa. Foram três dias intensos que me trouxeram diversos insights e possibilidades de colaborações em pesquisa. Agradeço ao Prof. Dr. Valdeir Arantes, ao CNPq e à FAPESP por me proporcionarem essa experiência!”
Por fim, as pesquisas não podem parar. O laboratório ainda tem muito a desenvolver para a próxima edição do evento que será realizada em 2025. A nanocelulose é um material promissor e avaliar novas tecnologias para sua produção, considerando Ecodesign e visando um futuro ecológico e sustentável é essencial, assim como se mostrou o trabalho da pós-doutoranda.