Projeto – Registro de expressões faciais e outras reações diante de espelho e estudo experimental da discriminação de expressões faciais de emoções básicas em macacos-prego (Sapajus spp.)

A similaridade nas expressões faciais de primatas humanos e não humanos tem sido investigada no contexto da função social e significado cognitivo desde Darwin, e no contexto dos processos neurocomportamentais envolvidos (Waller & Micheletta, 2013). No caso das expressões faciais humanas, a universalidade das expressões faciais de emoções básicas, como raiva, medo, nojo, alegria etc. vem sendo abordada por Paul Ekman e colaboradores (Ekman & Friesen, 1971). Em macacos-prego (Sapajus spp.), algumas expressões faciais estão bem descritas na literatura (Visalberghi, Valenzano, & Preuschoft, 2006; Weigel, 1979) e há indicações de que esses animais são capazes de identificar expressões de ameaça em meio a faces neutras em fotografias apresentadas em computador (Calcutt, Rubin, Pokorny & de Waal, 2017). Há estudos demonstrando que, como nos humanos (Hansen & Hansen, 1988), os macacos-prego também detectam expressões de raiva mais rapidamente do que aquelas relacionadas a outras emoções básicas (Maior et al, 2012; Calcutt et al., 2017). Visalberghi et al., (2006) descreveram as
expressões faciais de macacos prego e sua função, em uma perspectiva evolutiva, mostrando que algumas expressões estão presentes em muitas espécies de primatas, com funções diferentes, e recomendaram mais estudos com filmagem que permita o uso de câmara lenta para verificar a transição entre as expressões ao longo da interação em que ocorrem.

No Estudo 1, buscaremos: (a) replicar, com dez macacos-prego como sujeitos, se a detecção de expressão de raiva é mais rápida do que a detecção de expressão de prazer em macacos-prego, no modelo de tarefa de escolher um estímulo diferente entre vários iguais, e (b) expandir o conhecimento gerado avaliando se a expressão de raiva em humanos seria reconhecida pelos macacos, ou seja, se a escolha de faces de macacos expressando raiva, se transferiria para faces de humanos expressando a mesma emoção, sem a necessidade de treino adicional.

No Estudo 2 será colocada uma câmera por trás de um espelho unidirecional para registrar a interação de macacos-prego com sua imagem. Em uma das preparações, o macaco e o espelho estarão separados por uma grade, à distância que permita apenas aproximar a mão, mas não tocar o espelho. Outra preparação envolve espelho amplo, com plataforma que comporte múltiplos sujeitos. O objetivo é registrar as ocorrências de expressões dirigidas à imagem especular, registrando os eventos imediatamente antecedentes e consequentes, e comparar com as categorias de expressão facial em interações sociais da literatura.

Docente na Universidade Federal do Pará (UFP). 

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.
Conteúdo da sanfona
Conteúdo da sanfona

Universidade Federal do Pará (UFPA).

Docente na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto na Universidade de São Paulo (FFCLRP -USP).

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Comportamento da Universidade Federal do Pará (PPGNC – UFPA).

Graduanda na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). 

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Comportamento da Universidade Federal do Pará (PPGNC – UFPA).

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Comportamento da Universidade Federal do Pará (PPGNC – UFPA).

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Comportamento da Universidade Federal do Pará (PPGNC – UFPA).

Graduando na Universidade Federal do Pará (UFPA).

Graduando na Universidade Federal do Pará (UFPA).

Para saber mais:

Artigos? Outras publicações sobre o assunto?

conteúdo relacionado