Gestão de Desempenho em Startups: Adaptando Sistemas ao Longo do Ciclo de Vida
29 de Janeiro de 2025
O que você sabe sobre as práticas gerenciais em Startups? Embora as startups não sejam mais uma novidade, ainda se sabe pouco sobre as práticas gerenciais utilizadas nessas organizações.
Startups são frequentemente vistas como negócios inovadores, flexíveis e ágeis, operando em contextos de incerteza, com grande potencial de contribuir para o crescimento econômico. Essas organizações passam por diferentes fases, desde a ideação, passando pela operação e tração, até alcançarem a fase mais avançada de scaleup.
Exemplos de startups bem sucedidas incluem empresas globais como Airbnb, Uber e Spotify, no setor de tecnologia; Duolingo e Coursera, no setor educacional; e Nubank e PayPal, no setor financeiro. No Brasil, startups têm se destacado em setores como fintechs (p. ex., Nubank e Ebanx), edtechs (p. ex., Descomplica e Hotmart) e healthtechs (p. ex., Dr. Consulta e Conexa Saúde).
Em um estudo publicado no International Journal of Productivity and Performance Management, Victor Orona Claussen Mancebo, Daniel Magalhaes Mucci, Vanderlei dos Santos, Matheus dos Santos e Giovanna Yuli Kiyan exploraram uma prática gerencial específica: sistemas de gestão de desempenho (Performance Management Systems – PMS).
O estudo analisa como os PMSs são adaptados ao longo das diferentes fases de startups brasileiras, considerando também os fatores catalisadores que influenciam essas adaptações.
Os autores demonstraram que:
1. Os componentes dos PMSs, como proposição de valor, metas e indicadores de desempenho, variam conforme a fase da startup.
2. Além disso, fatores como o tamanho da empresa, a maturidade da proposição de valor e os tipos de investimento atuam como catalisadores das adaptações nos PMSs ao longo do ciclo de vida da startup. Contudo, essa evolução não segue uma lógica linear, combinando tanto controles formais quanto elementos informais, como valores, crenças e experiências dos fundadores.
Esses resultados indicam que executivos de finanças responsáveis pela gestão de desempenho das empresas precisam considerar a natureza dinâmica dos PMSs. É importante ajustar esses sistemas às fases das startups, combinando controles formais e informais para alinhar estratégias de longo prazo com metas de curto prazo. Isso pode contribuir para o crescimento sustentável, atração de investimentos e geração de valor em contextos incertos.