🎯 CFO global, risco menor: a experiência internacional como escudo contra litígios

28 de Maio de 2025

A experiência internacional do CFO pode proteger a empresa contra litígios e reduzir riscos legais relevantes?

Sabe-se que características individuais dos principais executivos — como gênero, trajetória profissional e estilo de liderança — influenciam seus julgamentos e decisões. Mas e a experiência internacional? Será que esse fator pode reduzir o risco de litígios corporativos, especialmente aqueles relacionados a fraudes contábeis ou divulgações enganosas?

Um estudo de Radwan Alkebsee, Ahsan Habib, Jinfeng Zhu e Shuai Wu, publicado no Spanish Journal of Finance and Accounting, investiga a relação entre a experiência internacional do CFO e a incidência de litígios corporativos, com foco em ações coletivas envolvendo valores mobiliários (Securities Class Action – SCA), a partir de dados de empresas chinesas listadas. O estudo também analisa a influência do ambiente de controle interno e da incerteza informacional nessa relação.

Principais achados:

• Existe uma associação negativa e significativa entre a experiência internacional do CFO e o risco de litígios corporativos, especialmente no caso de ações coletivas relacionadas a valores mobiliários.
• Essa relação se intensifica em empresas com sistemas de controle interno mais sólidos e em contextos de maior incerteza informacional — indicando que CFOs com experiência no exterior são mais eficazes em mitigar assimetrias de informação e riscos de divulgação inadequada.

 

✅ Recomendação prática:

Empresas deveriam valorizar e considerar a experiência internacional como um critério estratégico na seleção de CFOs, especialmente em contextos com alto risco legal ou elevada incerteza informacional. Essa vivência pode contribuir significativamente para aprimorar a governança, reduzir riscos de litígios e melhorar a qualidade das divulgações financeiras.

💡 Take-home message:

CFOs com experiência internacional estão associados a um menor risco de litígios corporativos — especialmente em ambientes complexos e incertos — porque tendem a ser mais eficazes na mitigação de falhas de controle e na redução de assimetrias de informação.