🔍 Quando a carreira fala mais alto: o risco invisível nas decisões de M&A dos CFOs
21 de Maio de 2025
Você confiaria em uma decisão de M&A tomada por um CFO mais preocupado com a própria carreira do que com o valor gerado para a empresa?
O envolvimento de CFOs em decisões estratégicas, como fusões e aquisições (M&As), tem sido cada vez mais valorizado pelas empresas, em razão de sua suposta imparcialidade e foco em decisões economicamente racionais. Mas o que acontece quando esses executivos têm incentivos que os levam a assumir riscos excessivos ou a tomar decisões prejudiciais?
Principais achados:
- CFOs em início ou fim de carreira têm maior propensão a realizar aquisições que destroem valor, motivados por incentivos de sinalização ao mercado.
- Esses CFOs tendem a assumir mais riscos e a pagar mais caro pelas transações.
- Mesmo aquisições com retornos negativos podem render benefícios de carreira aos CFOs, como promoções, assentos em conselhos e aumentos salariais.
- A punição por decisões ruins costuma ser limitada — exceto em casos de perdas extremamente elevadas.
📌 Recomendação prática:
Empresas devem avaliar criticamente os incentivos de carreira dos CFOs antes de decisões estratégicas como M&As. Estruturar mecanismos de governança que alinhem os interesses do CFO ao valor de longo prazo da empresa — como bônus baseados em desempenho real e accountability mais efetiva — pode reduzir o risco de decisões motivadas por objetivos pessoais.
🎯 Take-home Message:
Nem toda decisão racional de um CFO é neutra — interesses de carreira podem comprometer o valor gerado em aquisições. Estar atento a isso é essencial para proteger o interesse da empresa.