Autoconfiança Excessiva: O Perigo Oculto nas Decisões de CFOs e Seu Impacto nas Finanças Corporativas
07 de Maio de 2025
🔍 Você já ouviu falar em autoconfiança excessiva (overconfidence)?
Esse viés cognitivo faz com que as pessoas superestimem sua capacidade de prever, controlar ou compreender situações, e no contexto de finanças corporativas, ele pode ser um risco grande, especialmente para CFOs e CEOs. 💼
💡 Como isso acontece?
Gestores excessivamente confiantes tendem a subestimar riscos, ignorar sinais contrários e acreditar que estão no controle total de suas decisões. Um exemplo clássico: um CFO pode acreditar que o mercado está subavaliando sua empresa e, por isso, optar por financiamento via dívida, ao invés de emitir ações.
🔄 O problema surge quando o CFO recorre ao gerenciamento de resultados (earnings management) para mostrar lucros mais estáveis do que os reais. E se os resultados futuros não atenderem às expectativas? A empresa pode enfrentar sérias dificuldades financeiras.
📊 O que diz a pesquisa?
Um estudo de Lu Qiao, Emmanuel Adegbite e Tam Huy Nguyen, publicado no Accounting Forum, investigou como a overconfidence de CFOs impacta práticas de gerenciamento de resultados. Veja os principais achados:
✅ Relação positiva entre overconfidence dos CFOs e earnings management.
✅ Essa relação é mais forte em empresas com desempenho financeiro volátil ou necessidade de financiamento externo.
✅ CFOs overconfidentes tendem a suavizar lucros (earnings smoothing) para reduzir o custo de financiamento.
🔍 Importante: essa manipulação não busca ganhos pessoais, mas facilitar o acesso a capital.
📌 Insight para Executivos de Finanças:
CFOs com excesso de autoconfiança podem adotar práticas de suavização de lucros como estratégia de financiamento. Embora possa trazer vantagens a curto prazo, decisões enviesadas geram riscos significativos. Portanto, é essencial contar com mecanismos de governança que favoreçam decisões mais equilibradas e fundamentadas em dados.