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Sustentabilidade Fiscal no Brasil: Desafios e Implicações para as Estratégias Empresariais

17 de Março de 2025

Em reportagem de 13 de março, a agência Reuters destaca a declaração da Ministra do Planejamento, Simone Tebet, sobre a sustentabilidade do atual arcabouço fiscal do Brasil.

Aprovado no início de 2023, o arcabouço fiscal combina metas de saldo primário (a diferença entre as receitas e as despesas do governo, excluindo os juros da dívida pública)  com um teto de gastos que permite crescimento das despesas até 2,5% acima da inflação.

A ministra enfatiza que serão necessárias mudanças permanentes nas políticas econômicas e fiscais do país antes de 2027 para reduzir os gastos públicos e evitar a insustentabilidade do modelo atual. Caso contrário, o Brasil enfrentará risco de inflação, aumento da dívida pública e instabilidade econômica.

Esse cenário fiscal pode afetar as estratégias financeiras e de gestão de desempenho das empresas de diversas maneiras, como:

Revisão de projeções e custos: Ajuste de estratégias de crescimento e alocação de recursos devido ao aumento dos custos e à redução das margens de lucro;

Redefinição de KPIs: Necessidade de adaptar indicadores para considerar custos de financiamento e oscilações cambiais;

Gestão de riscos: Fortalecimento das práticas de gestão de riscos e uso de modelos preditivos para garantir maior estabilidade;

Agilidade regulatória: Adaptação rápida às mudanças fiscais, com uso de tecnologia e dados em tempo real;

Eficiência operacional: Investimento em tecnologias para aumentar a eficiência e reduzir custos sem comprometer a qualidade.

Essas estratégias precisarão ser revistas constantemente, à medida que os desdobramentos fiscais e econômicos se tornem mais evidentes, para que as empresas possam se ajustar rapidamente e manter sua competitividade em um ambiente instável.