Camilla Fernandes Marques, Nathalia Leardini Bendas Roberto, Hebe Signorini Gonçalves e Anita Guazzelli Bernardes

Resumo: O artigo tem como objetivo discutir o desmantelamento das políticas públicas, em específico, das políticas de saúde e da assistência social. A discussão situa-se no campo da Psicologia Social e inspira-se no pós-estruturalismo para análise desta problemática, tendo como questionamento norteador como se constitui o desmonte, considerando-o como processo dinâmico e inerente à produção das políticas. Por meio do método cartográfico, foi possível percorrer materialidades que emergem como pistas para compreender tal processo. Entende-se que há uma tensão na própria construção dessas políticas, com o intuito de substituir modelos anteriores que não se extinguem pela incorporação do SUS e do SUAS à Constituição. Esta se caracteriza pelo esvaziamento de conceitos norteadores das políticas, como as noções de território e vulnerabilidade. Esse esvaziamento potencializa a emersão de uma nova lógica de governo dentro das políticas públicas, não somente por via da regulação, normatização das condutas e criminalização de certa categoria da população, mas também por uma necropolítica, que visa a colocar no jogo democrático uma política de morte.

Palavras-chave: Desmonte; Políticas públicas; Necropolítica; SUS; SUAS

Referência: Marques, C. F., Roberto, N. L. B., Gonçalves, H. S., & Bernardes, A. G.. (2019). O que Significa o Desmonte? Desmonte Do que e Para Quem?. Psicologia: Ciência E Profissão, 39(spe2), e225552.

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