Eurípedes Costa do Nascimento e José Sterza Justo

Resumo: Os andarilhos de estrada se configuram na contemporaneidade como uma das expressões mais radicais de rompimento com os nichos de fixação social, caminhando a pé pelas rodovias do país e, quando de suas necessidades emergenciais, buscando apoio nas instituições assistenciais. Este artigo visa identificar quais práticas institucionais o serviço social realiza com os andarilhos, segundo os relatos de seus dirigentes. A pesquisa foi realizada em quatro instituições assistenciais no estado de São Paulo, por meio de um roteiro de entrevista semiestruturada. Os resultados indicaram que as práticas institucionais do serviço social em relação aos andarilhos envolvem tecnologias disciplinares de poder e saber, mediante procedimentos e regras que impõem a obediência e a vistoria do seu corpo e pertences. É possível concluir que as práticas do serviço social no atendimento aos andarilhos convertem-se em ferramentas estratégicas de poder no controle de corpos e vidas errantes, visando subordinar tal processo de subjetivação às tecnologias disciplinares.

Palavras-chave: Análise institucional; Andarilhos; Serviço de assistência social

Referência: Nascimento, E. C. do ., & Justo, J. S.. (2014). Assistência social e práticas institucionais no atendimento a andarilhos de estrada. Estudos De Psicologia (campinas), 31(4), 573–582

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