Paulo Armando Esteves Martins Viana

Resumo: A presente pesquisa teve por objetivo tensionar práticas instituídas no campo da assistência social e os conceitos constitutivos da atual Política Nacional de Assistência Social (2004) partindo de experiências vividas por profissionais e usuários de um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) localizado em cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro. Tal análise foi tecida a partir de uma aposta político-metodológica que se utilizou de perguntas insistentes, que aqui chamamos de perguntas-resistência, enunciadas por personagens surpreendentes e imprevisíveis que colocaram em circulação problemas e questões importantes no funcionamento da política de Assistência Social no contemporâneo. Perguntas-resistência que problematizaram as táticas de gerência/governo dos corpos que habitam os ‘ditos’ territórios vulneráveis e de risco onde se inserem os equipamentos da Assistência Social. Deste modo, pudemos também compreender as estratégias de resistência da vida que insurgem inventivamente em meio a estas enunciações, ou seja, os movimentos cotidianos que interpelam aquilo que intenta tornar a vida previsível e matéria de governo, que a transformam em objeto de intervenção e sujeita a práticas tutelares que se agenciam e são agenciadas pelos modos de operar a Política de Assistência Social na contemporaneidade.

Palavras-chave: Assistência Social; Política Pública; Resistência; Risco e Vulnerabilidade Social.

Referência:  Viana, Paulo Armando Esteves Martins. (2013). A Que Veio o CRAS? Dissertação de mestrado,  Mestrado em Psicologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói. 

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