Silvio José Benelli

Resumo: Entendemos que a Psicologia, juntamente com a Pedagogia, faz parte dos pressupostos que compõem o campo multidisciplinar que compreende a ação socioeducativa das entidades assistenciais que atendem a crianças e a adolescentes pobres, considerados em “situação pessoal e social de risco”. Que tipos de práticas psicológicas poderiam ser encontradas nesses estabelecimentos? Encontramos evidências de que a lógica menorista ainda em vigor em muitas entidades assistenciais – que implementam formas assistenciais predominantemente disciplinares e repressivas, correcionais e modeladoras – prescinde da Psicologia como prática social transformadora. Quando encontramos profissionais psicólogos nas entidades assistenciais, não é incomum que eles desenvolvam ações extremamente tradicionais, psicoterapêuticas, patologizantes do indivíduo e promotoras de ortopedia do comportamento, podendo ser denominados de “técnicos da conduta”. Essa psicologia não está alinhada com a perspectiva cidadã e emancipadora proposta pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, pautada na noção fundamental de sujeito social de direitos.

Palavras-chave: práticas psicológicas; assistência social; entidades assistenciais; crianças e adolescentes; políticas de Estado

Referência: Benelli, Silvio José. (2013). Apontamentos sobre as práticas psicológicas desenvolvidas nas entidades assistenciais que atendem a crianças e adolescentes pobres. Revista de Psicologia da UNESP, 12(2), 1-30. 

Disponível aqui

Outras publicações

O trabalho social com famílias na assistência social: diálogo com a psicologia social e comunitária e os princípios do SUAS.

Nívia Lúcia de Andrade Oliveira

Leia mais »

A PSICOLOGIA NO CRAS: UM ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

Vinicius Tonollier Pereira, Pedrinho A. Guareschi

Leia mais »