Luciana Codognoto da Silva e José Sterza Justo

Resumo: Para investigar o papel da mobilidade na constituição dos gêneros, realizamos uma pesquisa com mulheres trecheiras – mulheres sem residência fixa, transitando de cidade em cidade e que utilizam os serviços de assistência social. Participaram do estudo duas mulheres usuárias dos serviços da casa de acolhimento aos migrantes de uma cidade do Estado do Mato Grosso do Sul, situada na divisa dos Estados de São Paulo e Paraná. Mediante a perspectiva cartográfica e utilizando entrevistas abertas, observamos trajetórias marcantes de ruptura com a vida sedentária e a passagem para uma vida em trânsito, desprendida de vínculos com a família, o trabalho e os papéis tradicionais atribuídos à mulher. Elas buscaram na errância uma alternativa de vida melhor, uma tentativa de fuga dos problemas e das violências de gênero vividas no ambiente doméstico e no relacionamento familiar e foram aprendendo, dia a dia, no trecho, a viverem como trecheiras.

Palavras-chave: Mulheres; Nomadismo; Errância

Referência: Silva, L. C. da ., & Justo, J. S.. (2020). ERRÂNCIA E NOMADISMO FEMININO: O CASO DE DUAS MULHERES TRECHEIRAS. Psicologia & Sociedade, 32, e218518.

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