Catheline Rubim Brandolt e Dorian Mônica Arpini
Resumo: As concepções sobre os modelos de família são resultantes de processos históricos e da relação intrínseca e dialética entre Estado, família e capitalismo, os quais foram lhes conferindo novos arranjos sociais. Aliás, por meio da política social, é assumida uma linha tênue em relação aos aspectos da proteção, do cuidado com as famílias e da responsabilização do Estado nesse processo. Este ensaio teórico tem por objetivo refletir sobre o lugar da família na política social, especificamente na Assistência Social, e suas implicações para a atuação da psicologia nesse campo. Para isso, foram utilizados artigos científicos, capítulos de livros e referências técnicas correspondentes ao tema. A partir deles, identificaram-se os diferentes modelos de família, desde a família tradicional à família contemporânea, resultado das mudanças sociais, a centralidade da família na política de Assistência Social e os reflexos sobre suas concepções no trabalho a ser desenvolvido pela psicologia nos serviços socioassistenciais. Espera-se que os psicólogos possam ampliar suas escutas e olhares para além do modelo tradicional e que estejam dispostos a reconhecerem a indissociabilidade entre o contexto, as demandas e as relações que permeiam o trabalho com as famílias, estabelecendo uma relação dialógica, horizontal, respeitosa e afetiva com as elas.
Palavras-chave: família, Assistência Social, proteção social, Psicologia
Referência: Brandolt, C. R., & Arpini, D. M. (2024). Família, política de Assistência Social e Psicologia: um ensaio teórico. Psicologia Revista, 33(2), 231–252.
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