Andréa Ferreira Lima Esmeraldo e Verônica Morais Ximenes

Resumo: É cada vez maior o número de pessoas vivendo nas ruas, contudo, ainda são reduzidos os estudos e as políticas públicas voltados ao público feminino, razão pela qual este artigo focalizou o cotidiano das ruas objetivando analisar as implicações psicossociais dos estigmas e preconceitos na vida das mulheres em situação de rua. Ser mulher nesse cenário evoca relações de poder inseridas no conceito de gênero, considerado enquanto construção social e calcado em relações patriarcais. Estar nas ruas é estar exposta e ser alvo de ações discriminatórias que passam pela invisibilidade perante as políticas públicas, por processos de exclusão e por ações violentas perpetradas na rede de relações tecidas a partir da rua. Realizamos uma pesquisa qualitativa, na qual utilizamos entrevistas em profundidade com sete mulheres em situação de rua na cidade de Maracanaú (CE). O material coletado foi submetido à Análise de Conteúdo, que contou com apoio do software Atlas Ti 5.2 para identificar processos opressivos presentes nos estigmas e nos preconceitos, que atuam por meio de desqualificação e descrédito dessas mulheres e conduzem a sentimentos de humilhação e vergonha capazes de incidir sobre seus modos de vida e sobre as relações estabelecidas em seu cotidiano.

Palavras-chave: mulheres, pessoa em situação de rua, pressão, estigma, preconceito

Referência: Esmeraldo, Andréa  Ferreira Lima & Ximenes, Verônica  Morais (2022). Mulheres em Situação de Rua: Implicações Psicossociais de Estigmas e Preconceitos. Psicologia: Ciência E Profissão, 42.

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