João Paulo Macedo e Magda Dimenstein

Resumo: Esse estudo versa sobre encontros entre a psicologia e o campo das políticas sociais. Objetiva discutir como psicólogos que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) vivenciam o cotidiano de suas práticas. Para tanto, investigamos os modos de atuar de 13 psicólogos ligados aos serviços indicados por meio de entrevistas e da observação participante. Os resultados indicam que por se encontrarem em contextos adversos aos modos tradicionais de atuação, muitos técnicos experimentam cotidianamente estranhamento e mal-estar, frutos da vivência de situações limites, de difícil manejo. Além disso, observamos práticas e vivências marcadas por sentimentos de compaixão, piedade e pelo ressentimento. Consideramos, por fim, que o encontro da psicologia com as políticas sociais exige flexibilidade nos modos tradicionais de atuação e busca de estratégias que considerem as características dos contextos culturais, evitando assim processos de captura, cansaço e saturação que sufocam o trabalhador.

Palavras-chave: psicólogo brasileiro, saúde pública, proteção social, modos de subjetivação

Referência: Macedo, J.P., Dimenstein, M. (2012). O trabalho dos psicólogos nas políticas sociais no Brasil. Avances en Psicología
Latinoamericana, 30 (1), 182-192.

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