Fernanda de Jesus Ligeiro Braga; Mariana Prioli Cordeiro; Marcelo Afonso Ribeiro
Resumo: A “terceirização” desponta na contemporânea morfologia do trabalho como uma das formas centrais de gestão institucional. No setor público brasileiro, a partir de relações público-privadas intensificadas após a contrarreforma do Estado em meados da década de 1990, modos de flexibilização dos vínculos empregatícios, dentre eles a “terceirização”, surgem de modo a se tornar a regra na operacionalização de políticas sociais. Esta pesquisa objetivou analisar as relações de trabalho entre profissionais concursados/as e contratados/as em serviços de assistência social no município de São Paulo. Para isso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com profissionais contratados/as e concursados/as em CRAS, CREAS e NPJ’s da cidade de São Paulo. Os principais resultados indicam que os/as trabalhadores/as destacaram a hierarquia, diferenças de tratamento, de salários e de benefícios entre profissionais contratados/as e concursados/as, bem como a predominância de relações de fiscalização e não de parceria como seria o esperado conforme documentos oficiais da política de assistência social.
Palavras-chave: Terceiro setor. Trabalho. Assistência social. Terceirização. Políticas públicas.
Referência: BRAGA, F. J. L.; CORDEIRO, M. P.; RIBEIRO, M. A. Relação entre servidores/as contratados/as e concursados/as em serviços da assistência social: impactos sobre o trabalho. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, Belo Horizonte, v. 14, n. 2, maio/ago. 2021, e16727. https://doi.org/10.36298/gerais202114e16727. Acesso em: 10 nov. 2023.
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