Betina Hillesheim e Lílian Rodrigues da Cruz

Resumo: No presente artigo, buscamos compreender a noção de risco, articulando-a com a denominada infância em situação de risco. Para isto, discutimos como este conceito passa a ser utilizado no âmbito das políticas públicas de atenção à infância, a partir do deslocamento do foco de uma gestão da vida, tal como proposto por uma sociedade disciplinar, para uma gestão do risco, nas quais as novas modalidades de biopoderes se tornam as principais estratégias de gestão. Na contemporaneidade, a questão do risco é operada a partir dos mecanismos de poder, tornando-se um instrumento privilegiado da sociedade de controle. A partir disto, problematizamos como emerge a noção de risco no âmbito das políticas públicas de atenção à infância, culminando na equação: infância + pobreza = vulnerabilidade = risco = perigo. Para finalizar, sugerimos embaralhar a equação, pensar no tempo que vem não como futuro, mas como porvir.

Palavras-chave: Risco; vulnerabilidade; políticas públicas; governamentabilidade

Referência:  Hillesheim, B., & Cruz, L. R. da .. (2008). Risco, vulnerabilidade e infância: algumas aproximações. Psicologia & Sociedade, 20(2), 192–199.

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