João Silveira Muniz Neto, Aluísio Ferreira de Lima, Luciana Lobo Miranda e Luara da Costa França
Resumo: Neste artigo analisamos a categoria “adolescente pobre” como um conjunto populacional a ser assistido pelo Estado brasileiro, a partir da perspectiva genealógica de Michel Foucault. Desse modo, consideramos a adolescência como uma invenção e efeito de certos exercícios de saber e de poder que a coloca como objeto da assistência social. Tratamos de tecer análises acerca das consequências políticas e de assujeitamento advindas dos Códigos de Menores e do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. As análises de tais documentos assinalam como sua produção incide sobre uma população específica, produzindo uma identidade que se dirá pobre, gerenciando e produzindo condutas e modos de viver e apresentando formas apropriadas de felicidade, condicionadas à legalidade. Nesse artigo, buscamos analisar a história do pensamento assistencialista acerca do “adolescente pobre” no contexto brasileiro e de como este grupo passou a ser alvo de um conjunto de práticas de Estado e de políticas públicas.
Palavras-chave: Psicologia Social; adolescência; Estatuto da Criança e do Adolescente
Referência: Muniz Neto, J. S., Lima, A. F. de ., Miranda, L. L., & França, L. da C.. (2014). Vigiar e assistir: reflexões sobre o direito à assistência da “adolescência pobre”. Psicologia Em Estudo, 19(2), 321–331.
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