SOBRE


O marco da imigração japonesa no Brasil foi a chegada do navio Kasato Maru em 1908. No início, os imigrantes dedicaram-se à lavoura,  entretanto, à medida que se fixaram no país, junto com os seus descendentes, expandiram as suas atividades econômicas no comércio, constituíram cooperativas, assim como abriram associações culturais e esportivas – organizações no sentido amplo da palavra.

Diversas organizações produziram materiais impressos, tais como informativos, anuários e relatórios, algumas já não existem mais, assim como os seus materiais. Algumas das causas da perda dos materiais são por eventualidades, tais como incêndios ou inundações, destruição deliberada, por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial, ou mesmo por falta de interesse na preservação.

Acredita-se que ainda haja uma série de materiais de organizações fundadas por japoneses e seus descendentes, denominados como nikkei, sendo que os propósitos do projeto de pesquisa “Humanidades Digitais: digitalização e preservação de documentos da comunidade nikkei” são assegurar a preservação desses materiais por meio da digitalização, a disponibilização quando possível, uma vez que há questões de propriedade intelectual e possibilitar que sejam fonte de futuras pesquisas.

Essas pesquisas podem ser interdisciplinares e multidisciplinares, abrangendo Letras, Economia, Computação, História, Relações Internacionais, Sociologia, Antropologia, entre outros campos do conhecimento. Pode-se afirmar que há valor científico nessas fontes.

 

 

Evolução

A Professora Eliza A. Tashiro Perez da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e o Professor Silvio Yoshiro Mizuguchi Miyazaki da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, ambos docentes do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa da USP participaram do  I Congresso em Humanidades Digitais, realizado na Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro em 2018, para conhecer o campo das Humanidades Digitais.

Na ocasião também apresentaram um pôster intitulado Práxis do cotidiano nipo-brasileiro: Uma proposta de preservação da memória Poster-Praxis_-HDRio2018-Final.pdf (1 download ) como uma primeira iniciativa de divulgar um estudo interdisciplinar em coautoria.

Em 2022 há a retomada do projeto de pesquisa, somada à participação da professora Nina S.T. Hirata do Instituto de Matemática e Computação da USP, cujo interesse é em relação ao reconhecimento de padrões e análise de imagens.