CARTILHAS EDUCATIVAS

O Centro de Educação em Direitos Humanos e Saúde desenvolve materiais educativos que contribuem para o fortalecimento do SUS e para a promoção dos Direitos Humanos na área da saúde. As cartilhas educativas são instrumentos fundamentais para ampliar a educação em saúde, estimular a conscientização sobre a importância do SUS e garantir o acesso aos direitos no sistema de saúde.

Nosso objetivo é apoiar a melhoria da saúde pública, fortalecendo a autonomia da população para que possa exigir seus direitos e participar ativamente na construção de uma sociedade mais justa e saudável.

As cartilhas estão disponíveis gratuitamente abaixo.

Entendendo os Direitos Humanos das Pessoas com Transtornos Mentais

Esta cartilha materializa o objetivo do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem, Saúde Global, Direito e Desenvolvimento (GEPESADES) e do Centro de Educação em Direitos Humanos e Saúde (CEDiHUS), ambos da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), de traduzir os direitos das pessoas com transtornos mentais por meio de uma linguagem mais clara e de fácil compreensão a diferentes grupos de pessoas. Esta iniciativa é apoiada pela Universidade de São Paulo (USP) – Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, em parceria com a Fundação de Apoio a Universidade de São Paulo (FUSP) e Banco Santander. Na cartilha são abordados, além do signifi cado dos direitos humanos na vida das pessoas com transtornos mentais, alguns direitos específi cos: direito à igualdade e equidade, direito à saúde, direito à educação, direito ao trabalho, direito à assistência social e previdência social e direito ao lazer e cultura. Dedicamos este trabalho às pessoas com transtornos mentais, que historicamente têm sido vítimas de violações de seus direitos, esperando que estas informações contribuam, de alguma forma, para facilitar o exercício de seus direitos e a consolidação de sua cidadania!

Conversando sobre TEA e os direitos dessa população

Essa cartilha foi desenvolvida pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem, Saúde Global, Direito e Desenvolvimento (GEPESADES) e o Centro de Educação em Direitos Humanos e Saúde (CEDiHUS), traz em uma linguagem clara sobre o que é o Transtorno do Espectro Autista, os níveis do transtorno, a importância do diagnóstico e quais os direitos dessa população, com ênfase no direito à educação. Também aborda como e onde buscar informações sobre os direitos e locais para tratamento e acompanhamento para quem tem TEA. Esta iniciativa é apoiada pela Universidade de São Paulo (USP) – Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária e pela Comissão de Cultura e Extensão da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Desejamos uma excelente leitura!

Liderança e Mobilização Social para crianças e adolescentes do Ensino Fundamental

Esta cartilha foi organizada pelo Centro de Educação em Direitos Humanos e Saúde (CEDiHuS) e pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem, Saúde Global, Direito e Desenvolvimento (GEPESADES), ambos da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), nasceu a partir do projeto de Cultura e Extensão intitulado “Liderança e Mobilização Social: estimulando a compreensão da participação social em saúde em alunos do ensino público fundamental”, financiando pelo Programa Unificado
de Bolsas de Estudo da Universidade de São Paulo, o qual é desenvolvido com
alunos de graduação e pós-graduação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo que organizam e promovem atividades de educação em direitos e participação social com alunos do ensino fundamental de duas escolas
públicas da cidade de Ribeirão Preto. O objetivo desse projeto é que os alunos
de ensino fundamental tenham a oportunidade de discutir suas realidades locais
e se compreendam como sujeitos, considerando seus direitos e, também, seus
deveres, principalmente em relação ao direito à saúde. Assim, nessa cartilha
são sintetizados os conteúdos abordados no projeto relacionando a liderança
como meio efetivo para o fortalecimento da participação social e exercício da
cidadania na esfera da saúde. Esperamos que o seu conteúdo seja de alguma forma útil para a reinvenção e construção de um mundo mais justo e equitativo,
estimulando que as pessoas, especialmente crianças e adolescentes, questionem e construam, em conjunto, conhecimentos que as permitam exercer de forma mais
efetiva seus direitos humanos, principalmente por meio da participação social
em saúde. Desejamos uma excelente leitura!

Manual de cuidados de saúde para mulheres livres

Liberdade e bem-estar​

A cartilha foi desenvolvida por Patrícia de Paula Queiroz Bonato, e representa o produto principal da sua tese de doutorado intitulada “Literacia em saúde para mulheres egressas do sistema prisional: construção e validação de material educativo”. O trabalho foi orientado pelas Profas. Dra. Carla Ventura (EERP/USP) e Dra. Isabel Craveiro (IHMT/NOVA, Lisboa), no contexto de dupla titulação.

O material conta com 24 páginas e é composto por capa, ficha catalográfica, ficha técnica, folha de rosto, sumário, apresentação com mensagem às mulheres, conteúdo desenvolvido em 4 grandes tópicos (Exercício Físico, Doenças Crônicas, Saúde Sexual e Saúde Mental), páginas para anotações e para elas deixarem as suas marcas pessoais e impressões (Deixe Aqui a Sua Marca), agradecimentos e referências consultadas.

Os temas apresentados são as necessidades de saúde relatadas pelas mulheres participantes da pesquisa, que as descreveram por meio de entrevistas semiestruturadas e por body-map storytelling, bem como por profissionais de saúde que as atendem na prisão e por um profissional da Central de Atenção ao Egresso e Família de uma cidade do interior de São Paulo, também entrevistados durante o desenvolvimento da pesquisa.

São detalhadas as ações do enfermeiro na advocacia, incluindo a advocacia do paciente (escuta, contextualização, salvaguarda e abordagem de iniquidades sistêmicas), as relações e defesa dos direitos dos profissionais, o ensino e a advocacia (atuação como educador em escolas e na formação de estudantes de enfermagem), e o envolvimento de outros atores do cuidado (família, comunidade e equipe).

O documento ressalta a advocacia como uma obrigação profissional, moral e ética do enfermeiro, baseada em crenças e valores éticos. São citados atributos necessários para a defesa do paciente, como experiência, liderança e conhecimento.

Por fim, a cartilha aborda os desafios e benefícios da advocacia em saúde para enfermeiros, incluindo obstáculos como a organização e relações de poder no ambiente de trabalho, falta de recursos e autonomia. Os benefícios incluem o reconhecimento e a melhoria de estruturas e processos que afetam os direitos e a segurança do paciente. A superação desses desafios é possível com comprometimento profissional, interação em equipe, e participação e responsabilidade do usuário.

Enfermagem e Advocacia em Saúde

A cartilha define advocacia em saúde como um conjunto de ações para reivindicar direitos relacionados à saúde de indivíduos e grupos, especialmente os menos favorecidos, e promover melhores condições de vida. A enfermagem é apresentada como uma profissão ideal para a advocacia em saúde devido à sua capacidade de construir relacionamentos próximos com os usuários e sua atuação no cuidado contínuo.

O texto enfatiza que o direito à saúde é inalienável, mas não plenamente assegurado devido a desigualdades sociais. A enfermagem, alinhada aos princípios do SUS (Universalidade, Integralidade e Equidade), desempenha um papel crucial na promoção da justiça e equidade em saúde.São explicadas as formas como o enfermeiro pode exercer a advocacia, incluindo:

  • Advocacia do paciente: auxiliando na obtenção de cuidados e defesa de direitos, por meio da escuta, contextualização, salvaguarda e abordagem de iniquidades sistêmicas. Isso pode ocorrer na Atenção Básica, consultas, visitas domiciliares, educação em saúde e mediação.
  • Relações e defesa dos direitos dos profissionais: fortalecendo a profissão por meio da participação política e orientação de novos colegas.
  • Ensino e advocacia: atuação como educador em escolas, identificando problemas de saúde que afetam o desenvolvimento escolar e auxiliando pais e familiares. Também na formação de estudantes de enfermagem, capacitando-os para serem defensores, e no envolvimento de outros atores do cuidado, como famílias e a comunidade, promovendo a autonomia dos pais e a identificação de determinantes sociais de saúde.