Engenharia Bioquímica (Bacharelado)
Coordenadora: Profa. Dra. Talita Martins Lacerda (email: talitalacerda@usp.br)
Coordenadora Suplente: Profa. Dra. Tatiane da Franca Silva (email: tatianedafranca@usp.br)
Secretária: Lilian Cristina Marton Robin (email: lilianrobin@usp.br)
Representante discente na CoC-EB: Vitória Luize Rodrigues Lopes da Silva (email: viiluize@usp.br)
Representante discente na CG: Eduardo José Menegotto (email: eduardo.menegotto@usp.br)
O curso de graduação em Engenharia Bioquímica da Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo tem como objetivo formar profissionais que, além de terem a formação básica comum a outros cursos de Engenharia – com destaque para o curso de Engenharia Química, que deu a base para a criação do curso de Engenharia Bioquímica na Escola de Engenharia de Lorena – estejam preparados para desenvolver, monitorar, supervisionar e gerenciar processos biológicos em escala industrial. Tais processos podem ser vagamente definidos como aqueles que visam à obtenção de diferentes produtos a partir de células vivas, que são responsivas ao ambiente ao qual são expostas, sendo possível ajustar sua fisiologia para maximizar a eficiência em resposta a mudanças no ambiente físico-químico. O Engenheiro Bioquímico deve ter plena compreensão e controle de tais processo, permitindo a produção de produtos que podem ser recuperados com altos rendimentos e em formatos que permitem seu posterior uso.
Em se tratando de sistemas vivos, o elemento comum, em uma primeira aproximação e em termos de influência operacional, é o ambiente. Em qualquer dado conjunto de parâmetros físico-químicos, um organismo vivo tenderá a se comportar de maneira consistente – portanto, o controle do ambiente é um componente-chave dos bioprocessos. Este controle tem um custo operacional, e o grau de controle frequentemente se contrapõe à economia do processo, de modo que quanto mais esforço for dedicado ao controle dos parâmetros físico-químicos do processo, mais cara será a operação. Um importante papel do Engenheiro Bioquímico é buscar exercer o maior controle possível dentro da economia do mercado do produto final. De maneira análoga, os processos biológicos em escala industrial são conduzidos usando equipamentos que variam dos simples até os altamente complexos. É importante que o Engenheiro Bioquímico esteja ciente dessas faixas operacionais e considere seu impacto nos bioprocessos.
O desenvolvimento de bioprocessos que leve em conta a realidade da escala de produção é também de crucial importância. Na escala de bancada, componentes podem ser adicionados ao processo sem dificuldades; em uma planta de produção, o processamento de vários milhares de litros de material pode levar mais tempo (ou exigir equipamentos de alto custo) do que em um laboratório de pesquisa e desenvolvimento; a mistura de culturas se torna proporcionalmente mais desafiadora à medida que o volume aumenta; o uso de componentes de alta pureza é trivial em escala de bancada, mas pode se tornar proibitivamente caro na produção. O Engenheiro Bioquímico deve ser capaz de ponderar os parâmetros cruciais do processo ao desenvolver um novo produto em larga escala.
Os bioprocessos envolvem uma ampla variedade de tipos celulares, de produtos que são nativos ao organismo, até aqueles que são introduzidos por tecnologias sofisticadas de DNA recombinante. As características detalhadas dos diversos tipos celulares (que podem ser desde matérias-primas até cell factories) devem ser conhecidas pelo Engenheiro Bioquímico. Os produtos de interesse, por sua vez, variam desde ácidos orgânicos relativamente simples (succínico, láctico e cítrico) ou álcoois (etanol, propanol e butanol) até proteínas complexas altamente ativas e com as mais diversas funções. No entanto, um processo biotecnológico genérico pode ser reduzido a três estágios interdependentes – desenvolvimento da cepa de produção, geração de biomassa (acúmulo do produto) e recuperação do produto. A natureza desses estágios e o papel do Engenheiro Bioquímico em cada um deles são fundamentalmente diferentes e, portanto, formar profissionais com visão multidisciplinar e sólido conhecimento técnico-científico, aptos a integrar o funcionamento de sistemas biológicos com os conhecimentos especializados de Engenharia para desenvolver, aprimorar, integrar, modelar, controlar e gerenciar tecnologias para dar suporte aos processos biológicos em escala industrial, considerando, também, aspectos ambientais, econômicos e sociais, são prioridades do curso de graduação em Engenharia Bioquímica da Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo.
O curso de Engenharia Bioquímica em números:
– Ingresso: 40 alunos por ano (FUVEST, ENEM-USP e Provão Paulista)
– Alunos matriculados em 2024: 213
– Engenheiros Bioquímicos formados até novembro/2024: 497
- Grade Curricular
- Projeto Pedagógico do Curso
- Curricularização da Extensão
- Programa “Aprendendo Microbiologia com Prática”
- Entidades estudantis
Centro Acadêmico de Engenharia Bioquímica (CAEB)
Clube de Biologia Sintética (CBSin)