Inspirado em pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Bionanotecnologia Aplicada da EEL/USP (BioNanoTech), projeto se destacou nos critérios de impacto no mercado e originalidade.
Laura Lis Coimbra Silva, estudante do 10º período de Engenharia Bioquímica no BioNanoTech, ganhou o prêmio máximo da edição 2023/24 da E.AWARDS@TÉCNICO, promovido pelo Instituto Superior Técnico (IST) de Lisboa. Ela foi premiada pelo projeto “CHROMA FOOD,” que combina inovação bionanotecnológica e empreendedorismo em uma embalagem inteligente. Esta embalagem visa reduzir o desperdício de alimentos, prolongar a vida útil dos produtos e indicar visualmente seu estado de conservação. A premiação, que incluiu um prêmio em dinheiro de €3500 patrocinado pelo Banco Santander, foi decidida por membros do IST e profissionais de empresas renomadas. A originalidade e o potencial impacto no mercado foram fatores decisivos para a escolha do projeto.
Laura Liz faz parte da equipe do Prof. Valdeir Arantes, responsável pelo BioNanoTech, aonde ela vem desenvolvendo uma pesquisa (IC) sobre produção e aplicação de nanopartículas de celulose via hidrólise enzimática como bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O desenvolvimento do trabalho CHROMA FOOD também contou com a colaboração da aluna Isabela Silva de Campos, estudante do 10º período de Engenharia Bioquímica.
Os estudos de Laura Liz no IST de Lisboa teve início em fevereiro de 2024, após conquistar a primeira colocação no ranking de bolsas de intercâmbio concedido pela EEL/USP. Para ela, o intercâmbio trouxe inúmeros benefícios pessoais e profissionais. “Toda a experiência de estudar fora, melhorar minhas habilidades comunicativas em outros idiomas, conhecer novos países, novas culturas e fazer novos contatos pessoais foi único! Durante meu intercâmbio, as disciplinas nas quais me matriculei, conforme a designação do IST, eram destinadas aos alunos de mestrado e eram ministradas em inglês. Tive, também, a oportunidade de acompanhar um grupo de pesquisa na área de materiais lignocelulósicos e de aprender a operar alguns equipamentos essenciais para análise de nanomateriais que também são foco da minha pesquisa no Brasil”, disse Laura. “A experiência com iniciação científica foi fundamental para desenvolver esse projeto prático,” complementa a aluna.
Em Agosto, já no Brasil, Laura inicia uma nova pesquisa, também como bolsista FAPESP, no BioNanoTech.
Prof. Valdeir Arantes, orientador de Laura, expressou seu orgulho pelo reconhecimento. “Ver nossos alunos sendo premiados internacionalmente é um testemunho do compromisso e dedicação que investimos em nossa equipe. O projeto CHROMA FOOD exemplifica como a inovação e a ciência aplicada podem criar soluções práticas para problemas reais, e isso é exatamente o que buscamos incentivar em nossos estudantes,” afirmou Arantes.